
Estádio do Jamor
Benfica e FC Porto encontram-se este sábado para mais uma final da Taça de Portugal, esta vincadamente marcada pela pandemia. A começar pelo facto do atual palco ter cedido lugar a Coimbra.
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Em 1983, Álvaro partia para a sua terceira época de Benfica quando a final tardia foi jogada. Aquele triunfo arrancado nas Antas ainda hoje tem um sabor particular para o antigo lateral-esquerdo: "Foi um prazer o jogo ser no estádio de um dos finalistas e termos ganho essa final da Taça. Atenção que até podíamos ter jogado no Estádio da Luz e o FC Porto sair vencedor. Na Taça de Portugal tudo pode acontecer."
"Há um convívio ímpar no Estádio Nacional, que junta toda a gente"
Nortenho de Lamego, o ex-internacional não esquece as raízes. Celebrizou-se na capital e entende os dois lados da tensão entre regiões. "Sou nortenho e com muito gosto. Em miúdo já sentia que havia grande rivalidade com o sul. Sentíamos que alguns rapazinhos dos arredores de Lisboa achavam-se que eram mais espertos. Portugal não é só Lisboa. Essa parte entendo-a e senti-a, mas há gente boa em toda a parte", aponta Álvaro, que com a mesma firmeza aponta o Jamor como local natural para a Taça de Portugal: "A festa da Taça é no Estádio Nacional. Tem todo um simbolismo e proporciona um convívio ímpar entre gente que vem de qualquer ponto do país. É giro o ambiente que se vive antes do jogo. O Jamor é um espaço bonito e fantástico."
O ex-defesa não aponta favoritos para a decisão em Coimbra e lamenta a falta de público. "Não vai ser a mesma coisa... Um jogador só se sente bem com público, a ser pressionado pelos adeptos. A assistência vai fazer muita falta", lastimou.
