Domingos Barros, nascido e criado na freguesia, ex-jogador do clube e atual treinador, tem dificuldade em separar a emoção da razão na campanha que o Leça está a fazer à procura da subida ao Campeonato de Portugal.
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Há cinco épocas consecutivas na Divisão de Elite da AF Porto, o Leça qualificou-se, com a vitória ao Pedrouços (2-0), para a fase de subida do distrital portuense que vai, consequentemente, qualificar o clube que subirá ao Campeonato de Portugal. Os tempos dos escalões profissionais, dos quais os leceiros se despediram em 2003, parecem ter ficado lá longe. Agora, os nortenhos procuram reerguer-se pela mão de Domingos Barros, treinador que é natural da freguesia e que, por vezes, confessa o próprio, tem dificuldade em separar a paixão da razão. "Isso é uma das dificuldades. Fui criado aqui e há situações em que a paixão passa mesmo a razão", conta o também ex-jogador dos nortenhos.
Foi com 62 pontos em 30 jogos que o Leça garantiu o triunfo na Série 1 da primeira etapa da Divisão de Elite, campanha que, para Domingos Barros, merece ser valorizada. "Na época passada já tínhamos feito um grande ano. Agora que o clube está mais dinâmico, não se fala tanto nas dificuldades financeiras que o Leça tem. Mas devemos ser o segundo orçamento mais baixo da nossa série!", reforça.
Para combater a falta de poderio financeiro, o plantel do concelho de Matosinhos conseguiu fazer acordar os adeptos. "No balneário olhámos uns para os outros e alguém diz que ainda não ganhámos nada. Mas depois pensamos outra vez e dizemos: "Não, já ganhámos porque o Leça voltou a acordar"", atira.
Ciente das dificuldades que encontrará na fase de subida, onde defrontará Valadares, Aliados de Lordelo e Paredes, Domingos Barros vai à guerra com uma arma secreta. "Os adeptos podem fazer a diferença."