
Júlio Mendes, presidente do V. Guimarães.
Miguel Pereira/Global Imagens
Presidente do Vitória, Júlio Mendes, disse que "gostaria ter muito dinheiro para contratar os melhores jogadores".
Cerca de uma centena de sócios do Vitória de Guimarães aprovou este sábado, em Assembleia Geral, por maioria, o orçamento do clube para a temporada 2016/17, que prevê um resultado negativo de 172.500 euros.
O défice relativo à proposta que engloba a parte do futebol de formação, modalidades e gestão das piscinas, resulta das amortizações e depreciações no valor de 905.000 euros, contemplando previamente um resultado operacional de 732.500 euros, que ascende aos 990.500, antes do pagamento de juros e impostos.
O vice-presidente vitoriano para a área financeira, Francisco Príncipe, destacou que o Vitória pode "apresentar resultados líquidos positivos a médio prazo", graças à "diminuição progressiva dos custos financeiros", após a renegociação de contratos de crédito com a banca.
O dirigente destacou ainda a "rentabilização progressiva do património", dando o exemplo dos 3,6 milhões de euros que o clube vai receber nos próximos 20 anos pela instalação de um ginásio no Estádio D. Afonso Henriques.
O responsável revelou ainda que a quota para as modalidades, área em que o orçamento projeta um resultado negativo de 107.000 euros, manter-se-á até 2017/18, época em que a Direção do clube termina o mandato.
O presidente da direção, Júlio Mendes, também interveio na reunião magna, assumindo que gostava de "ter muito dinheiro para contratar os melhores jogadores", apesar de ter dito que "30 por cento do investimento" realizado no futebol resulta de dinheiro que o clube não tem.
O responsável máximo do Vitória recusou mais risco na construção da equipa para a I Liga, defendendo que a situação do clube pode deteriorar-se ao mínimo erro no planeamento da época.
"Basta uma gota de água para o copo transbordar. Este copo do Vitória pode transbordar, mas não vai ser comigo. [O clube] Não vai estar a apresentar défices e prejuízos nas páginas dos jornais. Se entenderem que o caminho deve ser outro, estou aqui para aceitar e contribuir doutra forma", vincou.
O orçamento recebeu também um parecer favorável por unanimidade do Conselho Fiscal, que, pela voz do presidente, Eduardo Leite, destacou a "estabilidade económico-financeira" da instituição.
Os sócios vimaranenses aprovaram, igualmente por maioria, a mudança da sede social do clube do Complexo Desportivo da Unidade para o Estádio D. Afonso Henriques.
