A análise de Lúcio Correia, professor de Direito do Desporto.
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O FC Porto solicitou a anulação do jogo com o Arouca, alegando que o árbitro Miguel Nogueira cometeu uma "violação das regras" ao reverter a marcação de uma grande penalidade favorável aos dragões. Aos 90+6 minutos, quando o Arouca vencia por 1-0, o juiz começou por assinalar uma grande penalidade a favor do FC Porto, por alegada falta sobre Taremi, mas reverteu a decisão. Alertado pela equipa de videoarbitragem (VAR) para conferir as imagens do lance, deparou-se com dificuldades técnicas, usou um telemóvel para comunicar com Rui Oliveira, o VAR do encontro, e chamou os treinadores de cada equipa para transmitir a sua decisão final.
"Não há nenhum erro de direito, nenhuma violação clara das regras da modalidade. O que existe, quanto muito e se é que existe, é um erro sobre o protocolo do VAR. Faz parte das regras técnicas da modalidade. A partir daí, sendo um erro de facto, não me parece que exista motivo para o protesto proceder", declarou Lúcio Correia, professor de Direito do Desporto, ao programa Bola Branca da Rádio Renascença.
"É questionável a atitude do árbitro, as interpretações sobre as regras, mas o árbitro acabou por aplicar as regras da forma que achou possível. Até parece que visou decidir da melhor forma possível. Não acho que protesto tenha hipótese", prosseguiu na análise, exlcluindo uma intervenção do Tribunal Arbitral do Desporto.
"Creio que a Liga terá todo o interesse em decidir o mais rapidamente possível para que não cause alarido na competição. Depois, a SAD em causa poderá, ou não, agir junto do TAD. A meu ver, sendo uma questão desportiva, o TAD nem sequer tem competência para o efeito. Ou seja, o protesto esgota-se nas instâncias federativas e da Liga e não pode ser impugnada junto dos tribunais", concluiu.
O sistema de videoarbitragem no Estádio do Dragão, no Porto, esteve 14 minutos sem energia no FC Porto-Arouca e o suporte de reserva estava esgotado, informou esta segunda-feira a Federação Portuguesa de Futebol.
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