Soares não esquece: "Ia trabalhar com meu pai como pedreiro ou inventava outra coisa"
Soares é o protagonista de uma extensa entrevista à ESPN Brasil, uma oportunidade para recordar a vida antes do futebol e pouco antes do sucesso em Portugal
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"Foi uma época difícil no sertão da Paraíba, passando dificuldades junto com os meus pais", recorda Soares numa longa entrevista à ESPN Brasil e na qual fala do percurso de vida antes de tornar-se num jogador de futebol famoso, especialmente quando ajudado por Deco ingressou no Nacional da Madeira.
Sobre o passsado, o avançado do FC Porto contou ainda: "Ajudei de várias formas. Eu e minha irmã vendíamos sacolé e gelinho [espécies de gelados] para ajudar os nossos pais que trabalhavam. Nos sábados havia jogos, a minha mãe fazia e íamos vender para o campo de futebol", contou.
Um dia, o futebol passou a ser um aposta mais séria. "Ser futebolista não era uma ambição que tinha enquanto jovem, mas depois que fui para Natal comecei a jogar nos campos de barro e acabei a gostar. Depois, em 2008 fui o melhor marcador na minha primeira competição. Aí, o futebol virou a minha cabeça", disse, mas sem esconder que o início da carreira foi muito complicado: "Eu rodei demais, mas nunca baixei a cabeça. Quando fechava uma porta eu ia atrás de outra. Fui para o Cerâmica-RS e fiz um bom Campeonato Gaúcho. Passei no Veranópolis-RS muito bem com o treinador Julinho Camargo, que me levou para outras equipas", disse dando dois exemplos de dez clubes que representou nesta fase. "Na maioria das vezes jogava nessas equipas que não têm calendário e eu só jogava o Estadual por uns três meses. Depois ia trabalhar com meu pai como servente de pedreiro ou inventava outra coisa".