Soares e a passagem do FC Porto para a China: "Mandarim? Nem português direito..."
Soares deixou o FC Porto por entender que era essa a vontade do clube. No entanto, refere em entrevista a O JOGO que a experiência no Dragão foi "mágica"
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Contratado pelo Tianjin Teda no fim de setembro, Soares não conseguiu fintar algumas dificuldades de adaptação ao campeonato chinês e viu uma lesão roubar-lhe algum tempo de jogo. Assim, acabou por fazer apenas quatro jogos e adiar os golos para a próxima temporada.
Que realidade encontrou na China?
-Sabemos que o futebol é igual em todo lado, mas é totalmente diferente do que imaginava encontrar. Estou a tentar adaptar-me ao máximo ao estilo de jogo da minha equipa. Fiquei muito tempo na Europa, então vou precisar de um tempo para poder adequar-me ao estilo de jogo do Tianjin Teda.
O campeonato tem correspondido às suas expectativas?
-Está ser de adaptação. Os dois primeiros jogos foram muito bons. Depois lesionei-me e tive que esperar mais um pouco. Prejudicou-me um pouco. Fiquei muito tempo em Portugal e estou a tentar mudar o estilo de jogo para a adaptação ser mais rápida.
Devido a uma lesão, o brasileiro fez apenas quatro jogos na liga chinesa. Golos adiados para 2021...
"Mandarim? Nem português direito..."
Soares sorri quando lhe perguntamos se em cerca de dois meses já consegue dizer alguma palavra em mandarim. "Nem português direito eu falo [risos]", atira. "Só aprendi a dizer "ni hao", que é olá. O idioma é difícil, mas tenho a certeza que com o tempo vou aprender bastante do país", refere.
Passadeira foi melhor amiga no isolamento
Os primeiros 15 dias de Soares na China foram passados em isolamento. Uma experiência que o atacante prefere esquecer. "Foi muito mau estar sozinho num quarto de hotel, sem falar com ninguém e só com uma passadeira para correr. Foi uma aprendizagem diferente", conta.
A história por trás da gaivota "Zefinha"
A relação entre Soares e "Zefinha" durante o confinamento obrigatório em Portugal fez as delícias dos seguidores do atacante no Instagram. O brasileiro conta agora como tudo começou. "Estava a assar uma carne na varanda e vi a gaivota. Atirei um pedaço de carne, ela habituou-se e todos os dias vinha comer de manhã, à tarde e à noite", relata.