Domingos Soares de Oliveira, co-CEO da SAD do Benfica, marcou esta sexta-feira presença no Thinking Football Summit, evento organizado pela Liga que decorre até domingo, no Porto.
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Superliga: "Tive a oportunidade de ter discussões com os primeiros atores na promoção da Superliga.
Tive diferentes discussões e opiniões deles, mas a mais importante é que temos de ter mais jogos entre as equipas de topo. Era o conceito há um ano. É uma forma de aumentar a receita, de ter mais cobertura a nível mundial. Isso era extremamente importante para eles. Na última vez que falei com eles, o discurso era algo diferente. Agora há uma liga, a Premier League, extremamente importante, e as outras ligas estão a perder a importância. Ligas como os Balcãs, Arménia, Hungria, Áustria já perderam, talvez Portugal, Holanda e Bélgica, mas também do que ouvi França e Itália também já não são capazes de atrair fãs e jogadores."
Falar em Big 3 faz sentido? "Eles dizem que há a big one, o gigante, e os outros. Para eles é como lutar com a Premier League. Os miúdos veem a Premier League, os jogadores preferem jogar na Premier League os treinadores preferem treinar na Premier League. É um discurso diferente. Temos de lutar com a Premier League e ter os clubes continentais organizados para encontrar uma melhor competição."
Clubes em foco na Superliga: "Há três clubes que ainda promovem a Superliga, Juventus, Barcelona e Real Madrid. Tive boas discussões com Agnelli [presidente do clube de Turim] e isto é a sua visão e algo que posso perceber. Posso perceber se falar no seu próprio interesse, mas não vejo que o Benfica ou outro clube a nível europeu possa falar no seu próprio interesse. Somos parte de uma família e ecossistema. Não é apenas relativo aos grandes e os outros não interessam, é a mesma situação em todas as ligas. Em Portugal há três clubes extremamente importantes, mas eles não podem jogar entre eles apenas. É importante que alimentemos a pirâmide, o ecossistema."
Futuro: "Haverá sempre uma evolução e o futebol deve evoluir. Se pensarmos no que aconteceu nos últimos anos, nós na ECA [associação de clubes europeus] fomos capazes de mudar a competição. As competições europeias a partir de 2024 serão completamente diferentes das que temos hoje. Mais clubes, será mais democrática."
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