Três clubes, uma Seleção, 17 competições disputadas em 185 jogos e seis títulos conquistados... até que Pepe foi obrigado a parar de competir. Regresso ainda sem data prevista, restam os treinos caseiros.
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Já passou um mês desde que as provas nacionais e internacionais foram suspensas e não há previsões para voltarem tão cedo. Por isso, pode dizer-se que esta será a maior paragem que Pepe vai estar sujeito desde 2015, quando teve férias pela última vez, e só não será a mais longa de toda a carreira porque uma operação, realizada em dezembro de 2009, aos ligamentos cruzados o afastou dos relvados durante 175 dias (quase seis meses).
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No fundo, é caso para dizer que só a Covid-19 foi capaz de parar o central do FC Porto nos últimos cinco anos. Isto porque entre compromissos dos três clubes que representou nesse período - Real Madrid, Besiktas e FC Porto - e os da Seleção Nacional, Pepe praticamente não parou.
Foram 185 jogos distribuídos por umas incríveis 17 competições diferentes e seis títulos conquistados até que uma pandemia deixou o mundo em suspenso por um tempo ainda indeterminado.
Dos 185 jogos que Pepe leva desde as últimas férias a sério, 27 foram esta temporada
É quase seguro dizer que antes de junho não haverá futebol pelo serão três meses, no mínimo, sem competir. Nem as várias lesões que foi tendo nos últimos anos deixaram o internacional português tanto tempo sem jogar.
Antes do arranque da época 2015/16 foi a última vez que o defesa portista gozou um período "normal" de férias. Depois disso, disputou os campeonatos e provas europeias entre agosto e maio para, logo de seguida, participar num Europeu, num Mundial, numa Taça das Confederações e numa Liga das Nações. E não fosse a Covid-19, o central também já sabia que não ia parar neste defeso porque Portugal ia defender o título europeu na prova, entretanto adiada para 2021.
Tem apenas um golo marcado, no empate (1-1) registado na deslocação ao terreno do Marítimo
Incrível, perante estes dados é a excelente forma física que Pepe tem evidenciado, sobretudo se recordarmos que completou 37 anos em fevereiro e não dá sinais de querer abrandar.
Dormir é fundamental para o ritmo
Pepe continua a jogar ao mais alto nível aos 37 anos e com uma intensidade de fazer inveja a muitos jogadores mais novos. O segredo?Foi o que nos contou na entrevista que concedeu a OJOGO no Natal.
"São muitas horas de treino e em casa a ter cuidado com a alimentação e com o descanso. Não tenho a idade do Diogo Leite [21 anos], que se pode deitar à meia-noite e acordar às sete e estar fresco. Tenho de dormir mais cedo senão passo o dia morto. O sono é fundamental. É aí que recupero melhor de um treino, que aqui são bem rasgadinhos", explicou.