
Georgios Vagiannidis, à esquerda, jogador do Panathinaikos
AFP
José Chieira percorre as mais-valias gregas do Panathinaikos, adversário do Braga, alertando para Vilhena, internacional neerlandês, Vagiannidis e Jedvaj
José Chieira trabalha hoje na conceção de uma aplicação revolucionária de dados para trabalho de scouting, após deixar o Sporting em 2020/21, tendo vivido o título com Rúben Amorim. Mantém, portanto, ativas as faculdades de observação e atenção aos mercados. Nada melhor do que ser o ele a radiografar o "Pana".
"Como projeto de scouting há só ali um nome que requer atenção, o lateral-direito Vagiannidis. E posso falar com conhecimento, pois tentei trazê-lo para o FC Porto, tinha 17 anos. Acabou por ir parar ao Inter. Pode dar profundidade ao ataque e fazer o extremo jogar por dentro, criando superioridade no miolo. Com o Jedvaj encontraram equilíbrio, é um defesa universal, rápido a fazer subir o bloco. O Vilhena trouxe controlo de jogo, que era algo que faltava na época passada. E viu-se a diferença da sua presença nestes jogos tensos com o Marselha, ao não ter medo de ter a bola", salienta Chieira, 50 anos, atestando uma evolução do Panathinaikos, 2.º classificado em 2022/23.
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"O Vilhena mudou o cariz de jogo, é um jogador mais pensador e a equipa já não especula tanto. Gere melhor os tempos e a geometria evoluiu. O Djuricic dá um pouco de profundidade. E o Panathinaikos foi uma equipa que soube ir atrás do resultado e condicionar o Marselha. O Cerin e o Bernard, que eram indiscutíveis, agora têm andado pelo banco. Com o Sporar têm uma referência, um jogador capaz de chatear e forte a dar soluções de finalização ao primeiro poste. Tem corrido bem neste início de época", enaltece José Chieira, num retrato já muito convidativo ao estudo do Braga. E apresenta uma vantagem para os minhotos.
"Quando o Panathinaikos não joga no 'Nikolaidis', é um grande handicap. É algo muito bom para o Braga. No Olímpico perdem o inferno, e há muito vento. Era uma queixa nossa o clube não conseguir mudar isso. Pelos vistos continua", resume, sobre a esperada proibição da UEFA de os gregos usarem a casa tradicional no play-off.
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