Pedro Soares estreou-se na I Liga em 2019/20, mas tem vindo a descer divisões. Agora, acumula boas exibições à procura de voltar ao topo.
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Em junho de 2020, Pedro Soares, então com 21 anos, fazia a estreia na I Liga por um Aves mergulhado em problemas e que seria extinto após o final dessa temporada, mas o caos financeiro de então acabou por proporcionar a concretização de um sonho ao extremo natural de Penafiel.
Quatro épocas volvidas, o avançado representa o Amarante, líder da Série B do Campeonato de Portugal, porém três divisões abaixo do primeiro escalão. O tempo é, por isso, de tentar relançar-se para voltar a outros patamares. “É complicado. Estava no meu segundo ano de sénior a jogar na I Liga, depois fui para o Penafiel, um clube estável de II Liga e com ambições de subir, mas que, por condicionantes várias, não acabou bem a época”, recorda.
“Em 2021/22 assinei pelo V. Guimarães, onde fui muito feliz [jogou pela equipa B, na Liga 3] e em 2022/23 o meu antigo empresário achou que a melhor solução era eu ir para o Real SC. Não correu como esperava e fiz a outra meia época no Fafe”, acrescenta.
Na decisão de jogar no Campeonato de Portugal pesou o projeto do Amarante e a força dos adeptos. “É um choque tremendo na tua confiança e no teu bem estar. Precisas de uma força mental enorme para te reergueres e isso só acontece porque o Amarante é um grande clube. Pesou muito na decisão os adeptos que tem e a estrutura que não nos falta com nada. Têm intenções de subir e por isso achei que é um grande projeto”, justifica.
O clube leva sete vitórias e dois empates na Série B, tendo batido, no domingo passado, o vice-líder São João de Ver com esclarecedores 3-0 e um golo de Pedro Soares pelo meio. “Estamos num grande momento no campeonato. Respira-se confiança”, assume. “No plano individual sinto-me bem, cada vez mais confiante, sinto que sou muito útil para o grupo, que me ajuda a evoluir diariamente. Estamos a colher os frutos ao fim de semana”, opina.
Receber o telefonema de O JOGO para uma entrevista já cumpriu um dos propósitos do extremo. “Temos um projeto sólido, que vai potenciar jogadores e que me vai valorizar novamente, para voltar a ser falado e, quem sabe, regressar ao lugar onde já estive. Se o jornal O JOGO me liga, é sinal de que o meu trabalho está a ser bem feito e que as pessoas estão atentas ao Amarante,” sublinha.