Clima entre o treinador e os responsáveis pelo futebol leonino tem-se deteriorado, sendo que o incómodo já é mútuo
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Frederico Varandas fugiu ao tema da sucessão na partida para a Turquia e Hugo Viana disse não ser assunto, mas nenhum dos dois reforçou a posição do técnico ou lhe transmitiu mensagem de confiança.
A relação de Jorge Silas com a estrutura do futebol leonino está cada vez mais degradada e o incómodo é, agora, mútuo. A SAD já decidiu que o técnico não prosseguirá na próxima temporada como O JOGO revelou (embora renove automaticamente o vínculo se ficar em segundo na Liga) e a postura recente do presidente Frederico Varandas e do diretor desportivo Hugo Viana, a respeito do futuro do banco leonino, deixou também Silas desagradado, pois esperava mais apoio e proteção de quem dirige os destinos do clube.
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O líder leonino, à partida para a Turquia, na terça-feira, remeteu-se ao silêncio sobre as notícias que davam conta do interesse dos verdes e brancos em Rúben Amorim, treinador do Braga. No dia seguinte, pouco antes da eliminação às mãos do Basaksehir, foi o responsável pelo mercado e supervisão do futebol do Sporting a evitar falar da sucessão: "Neste momento esse assunto não é importante, mas sim o presente. O próprio mister já falou sobre isso."
Silas, sabe O JOGO, sente-se desiludido ao não ver a sua posição reforçada ou defendida. E embora não tenha participado na planificação da temporada, pois foi contratado mais tarde e logo avisado de que perderia em janeiro Bruno Fernandes, pediu e esperava um ataque mais incisivo no mercado de inverno para lutar pelos objetivos que ainda eram possíveis: queria um avançado, um central e um médio, mas só recebeu Sporar (e a inscrição na Liga de Pedro Mendes e o regresso de Francisco Geraldes, devolvido pelo AEK).
O técnico pediu um "plantel mais competitivo", logo após o dérbi com o Benfica, mas Varandas, sem objetivos de monta em disputa, não acedeu. E aí a relação começou a entortar.
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