"O principal é querer ajudar e isso é muito bom para nós. Como podemos ajudar, é essa a parte que temos de afinar", explicou o treinador do Sporting, na ressaca da eliminação da Taça de Portugal, com a derrota (2-0) em Alverca. Silas começara por afirmar que a lição desta noite era para as individualidades: "Nós não precisamos de heróis".
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A quem se refere quando fala de "heróis": "São coisas inconscientes de jogadores que querem ajudar, mas nós, enquanto equipa técnica, precisamos de perceber que isso nos pode ser prejudicial. Nós não queremos ir pelas individualidades. Queremos ir pelo coletivo e só depois é que as individualidades nos vão ajudar. Posso achar isso mal? Não, isso é muito bom. Ter gente que queira resolver, que queira ajudar a resolver, é muito bom. Depois, temos de perceber como podemos ajudar, isso é outra história. Ou seja, o principal é querer ajudar, e isso é muito bom para nós. Depois, como é que podemos ajudar, é essa a parte que temos de afinar."
Adeptos desiludidos: "Os adeptos estão desiludidos com razão, nós somos o Sporting. O que é que tem a ver o facto de estarem desiludidos com o nosso trabalho? Vamos deixar de trabalhar? Temos de aceitar a crítica, quando é merecida, e é merecida. Agora, vai influenciar o nosso trabalho em quê? Vamos deixar de trabalhar? Vamos dizer assim: OK, os adeptos estão-nos a criticar, nós não trabalhamos. Não é isso. Estão-nos a criticar com razão. São detalhes muito mais pequenos do que as pessoas pensam que vamos alterar. Agora, o único caminho é o trabalho! O que vai influenciar o nosso trabalho? Erros que cometemos, erros que vamos analisar em conjunto e depois trabalhar"
O que pode dizer aos adeptos: "Aquilo que disse. Têm razão em estar desiludidos, naturalmente, porque nós somos o Sporting, viemos aqui jogar com o Alverca e perdemos 2-0. Agora, há muita coisa que fizemos muito bem! Porque nós saímos as vezes que quisemos lá de trás. Agora, é um processo evolutivo e demora tempo. Não é em duas semanas que vamos conseguir sair lá de trás as vezes que saímos, que foram quase todas as que quisemos, e depois chegamos lá à frente e já temos tempo para trabalhar. Vamos trabalhar muito."