"Seria um orgulho muito grande ver Pablo no FC Porto"

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Pablo, jogador do Gil Vicente, juntou o prémio de melhor jogador dos meses de setembro e outubro da I Liga às distinções de melhor avançado e melhor jovem que já recebera. O avançado obteve 26,14% dos votos dos treinadores principais da competição, batendo a concorrência de Pedro Gonçalves e Francisco Trincão, do Sporting.

Para Pena, pai de Pablo e antigo avançado FC Porto, o feito é ainda mais extraordinário por não atuar num dos grandes. Em conversa com O JOGO, o antigo artilheiro justificou esta ideia e expressou um desejo. "Ele passou por muito, até injustiças na carreira, como quando o puseram a jogar a extremo. Mas agora está na melhor forma e numa equipa onde tudo é mais difícil, porque não está no FC Porto, Benfica ou Sporting. No Gil não tem a equipa a jogar para ele, ele é que joga para a equipa, por ser um clube de menor dimensão. Num grande é diferente, jogam para o avançado, que tem sempre mais oportunidades de marcar", analisa.

O brasileiro está "feliz como pai, mas sobretudo como ex-jogador", vinca, porque "no início, quando o trouxe para Portugal, sempre disse que ele iria ser dos melhores avançados do campeonato português e até do mundo, mas ninguém acreditou". Para Pena, "é o avançado mais completo do futebol português": "O Gyokeres saiu e o Pablo é como ele, trabalha para a equipa, faz golos, assistências, recua..."

Mas qual seria o clube ideal para o salto de Pablo? "Seria um orgulho muito grande vê-lo no FC Porto. Mas pensando só na carreira dele, é mais fácil jogar no Benfica ou Sporting, porque a pressão não é tão grande. A própria Imprensa valoriza muito mais os avançados de Benfica e Sporting. No FC Porto tens que jogar muito mais para teres a mesma valorização", concluiu.

Pena, de boné, e Pablo, ao fundo, em reunião de família