Declarações na flash interview da RTP após o jogo FC Porto-Sporting (2-1, após prolongamento), da final da Taça de Portugal, disputado este domingo no Estádio Nacional, em Oeiras
Corpo do artigo
Sérgio Conceição (treinador do FC Porto): “As sensações são boas por mais um título conquistado. Fizemos o nosso papel e fizemos um bom jogo. É uma final. Por vezes falta algum discernimento, mas é uma vitória justíssima e merecida, perante um Sporting sempre muito competitivo, mesmo em inferioridade numérica. Foi um adversário incómodo, muito difícil de travar, com muita largura e profundidade. Um adversário muito chato.
Em Alvalade [na derrota por 2-0 para a 14.ª jornada da I Liga] cometemos erros, mas hoje não. Deixámos sempre os nossos dois centrais atentos perante um Viktor Gyökeres muito forte. A equipa esteve muito concentrada, coesa e compacta. Demos pouco ao Sporting. Sofremos uma ou outra situação, que é normal. Os jogadores estão de parabéns e o público também. Estamos muito contentes com este título.
[lágrimas após o apito final] Tem a ver com tudo. Houve um penálti e eu vim chamar o Danny Namaso, porque achei que o Evanilson estava lesionado. O engenheiro Luís Gonçalves disse-me que o árbitro disse que eu fui expulso porque saí da área técnica. Ficar sem a equipa nestes momentos finais foi doloroso para mim. É um bocadinho o espelho do que se tem passado ao longo dos anos. Eu não digo que não tenho errado. Errei muitas vezes, fiz coisas em função de uma ou outra expulsão merecida. Hoje pago um bocadinho essa fatura, mas fui eu que criei isso.
Eu tenho de me penitenciar comigo, tenho de melhorar e ficar um bocadinho mais como um bloco de gelo na área técnica. Vou tentar mudar. A expulsão não faz muito sentido numa final. Isso, associado à própria emoção de ganhar mais um título e ao facto de [Pinto da Costa] acabar a sua vida como presidente [da FC Porto SAD] e de dar as boas-vindas ao novo presidente da SAD, André Villas-Boas. Que tenha uma caminhada gloriosa como o nosso presidente.
[futuro no comando técnico do FC Porto] Tem-se falado e especulado muito. Quis dar a entender às pessoas que a situação está muito bem definida na minha cabeça. Nos próximos dias vão sabê-la. Já tomei a decisão.
Não é uma questão de convencer [a ficar], mas de olharmos para o futuro do FC Porto e de ver qual é a melhor situação com toda a tranquilidade. Temos de unir o FC Porto, não dividi-lo. Este ano sentiu-se muito essa divisão e tudo aquilo que foi falado fora do Olival e do Dragão. Não foi fácil gerir isso”.