Intervalo de 22 minutos serviu para o treinador apontar erros, pedir mais eficácia na tomada de decisão e retirar pressão ao grupo
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O FC Porto não escapará a (mais) uma multa do CD da FPF pelo atraso no regresso dos balneários no intervalo do jogo com o Casa Pia, mas esta será daquelas que os dragões menos se importarão de pagar, tendo em conta o efeito que esse longo período de descanso teve na equipa.
Dragões produziram mais no segundo tempo contra o Casa Pia do que na totalidade dos cinco jogos anteriores. Conceição só espera que esta atitude seja repetida nos três jogos que restam até ao fim da época.
Os 22 minutos volvidos entre o apito final da primeira parte e o de início da segunda levantaram questões sobre o teor da conversa de Sérgio Conceição com a equipa, mas, de acordo com informações recolhidas por O JOGO, a intervenção do treinador não foi assim tão longa quanto se possa imaginar. Teve, porém, o condão de transfigurar os jogadores, que passaram alguns instantes a meditar e a recuperar o fôlego antes de serem confrontados por Conceição com os muitos erros cometidos na etapa inicial. Entre outras considerações táticas de pormenor que o próprio também não quis esclarecer no pós-jogo, o técnico portista sublinhou depois que teriam de ser mais incisivos e eficazes na tomada de decisão no último terço do terreno e acabou com um apelo para que se soltassem assim que a bola começasse a rolar.
17 - Total de remates dos azuis e brancos na segunda parte do jogo com o Casa Pia. Na totalidade dos cinco jogos anteriores, o máximo tinham sido 15, em 120' com Famalicão
A reviravolta no resultado (2-1), que era desfavorável quando Manuel Oliveira deu indicação para o intervalo (0-1), é a face mais visível da metamorfose do FC Porto, que fez mais nesses 45 minutos do que na totalidade dos cinco jogos anteriores. Com a ajuda das estatísticas recolhidas pela "Opta" é fácil perceber que, só na segunda parte do jogo com o Casa Pia, os dragões tiveram 69% de posse de bola, realizaram 17 remates - dez dos quais à baliza -, conquistaram sete cantos e criaram cinco grandes ocasiões de golos. Em 90 minutos com o Arouca, por exemplo, controlaram a bola em 57 por cento do tempo, dispararam 14 vezes - cinco no alvo -, ganharam oito cantos e dispuseram de três oportunidades claras para marcar. Conceição só espera que a atitude no segundo tempo com os casapianos seja repetida nos três jogos que restam até ao final da época: Famalicão, V. Guimarães e Braga.
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