ENTREVISTA, PARTE II - Brasileiro afiança que o treinador recordista de títulos do FC Porto é, "sem dúvida", o melhor que já teve e está grato pela ajuda que tem recebido. Extremo realça a exigência de um técnico que "sabe o que cada um pode oferecer à equipa" e explica que o facto de agora ser capaz de desempenhar várias posições lhe permite ver o jogo de outra forma.
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Exigência pessoal e a vontade de desafiar os limites levam a que Pepê tenha concluído o clássico com o Sporting convicto de que podia ter feito mais. Isto, quando até desenhou a jogada do 1-0 e assistiu para o 2-0.
Com que sensações saiu, do ponto de vista pessoal, da final da Taça da Liga?
-Sabia que podia dar um pouco mais, mas tinha a noção que ia ser um jogo difícil, fechado. Seja como for, fiquei feliz pelo resultado, porque foi uma vitória importante para todos.
Acredita que a exibição lhe garantiu mais oportunidades no onze daqui em diante?
-Sou uma pessoa muito exigente comigo, procuro dar sempre o meu melhor, seja nos treinos ou nos jogos. Seja 90, 45 ou um minuto, sei que tenho de dar o melhor e é isso que toda a gente procura fazer. Felizmente, ajudei a equipa com uma assistência e uma jogada para golo.
Já passou por várias posições no terreno. Em que o beneficia essa polivalência? Sente-se um jogador muito diferente do que era no Brasil?
-Sem dúvida. Jogando em várias posições, vejo o jogo de outra forma. Isso veio ajudar ainda mais o meu crescimento no futebol e fico lisonjeado por ter essa confiança da equipa técnica e do míster para poder jogar em diversas posições. Por isso, procuro melhorar e aperfeiçoar cada vez mais as minhas qualidades, para que possa ajudar dentro de campo.
Como é que Sérgio Conceição o convenceu a recuar no terreno?
-Ele é uma pessoa que exige bastante, quer o máximo de cada jogador e sabe o que cada um pode dar e oferecer à equipa. Isso é importante. É um treinador que passa confiança e dá total liberdade para ser o que sou dentro do campo, com alegria e disposição para ajudar os companheiros.
Tendo em conta esse crescimento que tem apresentado, pode dizer-se que foi o melhor treinador que teve até agora?
-Sem dúvida. O Sérgio [Conceição] ajudou-me a abrir os olhos no futebol. Antes era mais virado para jogar como extremo, mas agora, jogando em diversas posições, consigo entender e ler mais o jogo. Isso é importante para o meu crescimento.