Com a entrada direta na Liga dos Campeões, o FC Porto da era Conceição acrescenta mais 41,7 M€ a um saldo já bem positivo.
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"É inapagável, são 10 títulos e dos últimos sete, ganhei cinco. E nestes seis anos, entre receitas e gastos, há um saldo positivo de mais de 600 milhões de euros". As contas são de Sérgio Conceição e surgiram a meio da resposta que o treinador portista deu, na antevisão do jogo com o Estrela da Amadora, às críticas que Rui Moreira lhe fez.
À entrada para mais uma participação na Liga dos Campeões, que por si só garante mais um cheque chorudo da UEFA de 41,7 milhões de euros, O JOGO esmiuçou os números das compras e vendas nos mercados de transferências da era Conceição e a esse saldo (diferença entre o gasto e o recebido) acrescentamos as verbas encaixadas pelas prestações europeias e o resultado final, como se pode ver na infografia, confirma praticamente o que o técnico disse.
"Bastará" ao FC Porto atingir o objetivo mínimo a que se propõe na prova milionária - passar a fase de grupos - e o encaixe passará a fasquia dos tais 600 milhões de euros de lucros com o atual treinador.
O primeiro passo para isso pode ser dado já amanhã, em Hamburgo, onde os dragões se estreiam na presente edição da Champions, defrontando o Shakhtar Donetsk, sabendo que cada vitória na fase de grupos vale 2,8 milhões de euros e um empate rende 930 mil euros. E se há um ano, o FC Porto começou com o pé esquerdo e teve de correr atrás do prejuízo, a ideia é evitar repetir esse cenário e arrancar com a conquista dos três pontos.
Olhando apenas para as verbas recebidas da UEFA na era Conceição, o bolo já passou os 321 milhões de euros. E só por uma vez a equipa não disputou a principal prova de clubes, em 2019/2020, época em que o clube só recebeu 9,9 milhões de euros. O recorde, sublinhe-se, é de 78,4 M€ e constitui também a receita máxima dos dragões em toda a sua história europeia. Registos que ganham ainda mais destaque se atendermos às dificuldades financeiras que o clube passou, levando-o a estar sob a alçada do fair-play financeiro, o que dificultou bastante o ataque ao mercado ao longo dos últimos anos. Basta dizer que o valor investido em reforços nas sete temporadas com Conceição é de metade daquele que foi realizado em vendas.