Para ultrapassar o Arsenal, o Sporting tem de ser rigoroso e jogar com enorme concentração. Jorge Castelo era o adjunto de Sá Pinto quando o Sporting eliminou o Manchester City em 2011/12 contra todas as previsões. Diz que será difícil, mas acredita que a equipa de Rúben pode conseguir o mesmo.
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O Sporting tem na quinta-feira uma tarefa muito complicada frente ao Arsenal mas não impossível. E até pode inspirar-se na última eliminatória na Liga Europa contra ingleses. Em 2011/12, os leões eliminaram um superfavorito Manchester City. Jorge Castelo era então treinador adjunto de Sá Pinto nos verdes e brancos e, a O JOGO, deixou uma mensagem de esperança para Rúben Amorim e seus jogadores.
"O treinador do Sporting tem de fazer passar a mensagem de que nada é impossível. Este é um desafio que todos os jogadores querem disputar, é uma montra. Por isso, como líder do grupo, Amorim tem de fazer ver que todos têm de dar o seu máximo, só assim poderão passar. Às vezes fala-se muito em superação, mas acho que o mais correto é falar em algo ainda superior. O Sporting tem de apresentar transcendência individual e coletiva para ganhar ao Arsenal", começou por dizer-nos.
Jorge Castelo assinala ainda que o Sporting "tem de ser muito rigoroso em tudo: no conhecimento do adversário, na estratégia e manter esse rigor e compromisso todo o encontro".
Lembrando o embate com o City, admite que este não terá encarado o jogo com o Sporting "como teria se tivesse defrontado um Bayern" e que "acordou depois de estar a perder 2-0 em casa, já depois de ter perdido fora". Por isso, explica: "Se o Arsenal de alguma forma facilitar, se se instalar nos seus jogadores a ideia que a eliminatória é fácil, o Sporting poderá tirar proveito disso. Será sempre mais difícil para Arteta motivar os seus jogadores do que para Amorim. Outra possível vantagem é que o Arsenal tem o grande foco esta época na conquista da Premier League", concluindo: "Mas penso que o Arteta vai avisar os seus jogadores para o perigo deste jogo e vai mostrar-lhes os jogos do Sporting com o Tottenham, tanto a vitória em Alvalade como o empate em Londres."
Pote a médio coloca problemas
Sem Ugarte, castigado, o Sporting deverá recuar Pedro Gonçalves para jogar com Morita, o que Jorge Castelo admite ter alguns problemas. "Faltam alternativas credíveis a Ugarte e Morita. A utilização do Pote ali, como acredito que irá suceder, coloca um problema de compacticidade defensiva ao Sporting. Não se nota muito nos jogos contra equipas mais fracas mas que é evidente contra rivais de nível idêntico ou superior", sublinha, apontando: "O Sporting não foi muito feliz em algumas contratações e faltam-lhe soluções para ali. O Alexandropoulos desapareceu, nunca tendo rendido o que se esperava. Essugo e Mateus Fernandes tiveram oportunidades mas o primeiro lesionou-se e o segundo não é titular desde a derrota com o Marítimo. Agora chegou o Tanlongo mas também ainda não parece preparado para jogar no lugar do Ugarte, pelo que deve ser o Morita a ficar numa posição mais de fixação de espaço e de equilíbrios defensivos."