Sérgio Oliveira marcou os dois golos do FC Porto frente à Juventus que permitiram a passagem aos quartos de final da Liga dos Campeões.
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Numa entrevista à Dragões, Sérgio Oliveira avaliou a campanha do FC Porto na Liga dos Campeões até esta altura, lembrando o golo decisivo que apontou em Turim e o festejo idêntico ao que Costinha fez em Manchester, em 2004.
"A campanha oi fantástica. Sofremos poucos golos, o que não é nada fácil. Creio que podíamos ter feito um resultado melhor em Manchester, mas fizemos um excelente trabalho. Temos que ser Porto, dar o nosso máximo, e sermos uma equipa sólida. Se o fizermos, podemos enfrentar cara a cara qualquer adversário", avaliou.
"A preparação de cada jogo é essencial, mas a parte mental também. Temos sempre de encontrar a motivação necessária. No campeonato, as coisas não têm corrido bem nesse aspeto, temos sofrido golos que não estamos habituados a sofrer. Estamos conscientes disso e temos de olhar para o campeonato como se fosse a Liga dos Campeões", considerou.
Sobre o primeiro golo que marcou em Turim, o médio diz que o "sentimento e grau de responsabilidade" foram os mesmos de sempre; o segundo, de livre direto, é difícil de explicar com palavras.
"O mesmo sentimento e grau de responsabilidade máximo que sinto ao bater uma grande penalidade pelo FC Porto. Sabia que ainda havia muito jogo pela frente, independentemente do desfecho desse lance. (...) [Depois] tivemos de sofrer. O nosso grande espírito de equipa e de entreajuda foi fundamental. Conseguimos manter a organização e o discernimento suficiente para colocar em campo o que nos foi passado pelo mister. Temos um grupo que não se rende perante as adversidades e que transformou as fraquezas em forças. Segundo golo? Foi único, histórico, que me enche de orgulho e que irá permanecer comigo para sempre. Quando vi que a bola tinha entrado foi um sentimento que ainda hoje tenho dificuldade em traduzir por palavras, de uma satisfação única, uma vontade imensa de abraçar cada portista que naquele momento sentia o mesmo que eu", confidenciou o jogador.
Depois de fazer o bis, festejou como Costinha, mas tudo não passou de um mero acaso. "Não tinha programado o festejo. O momento do festejo igual ao Costinha, de quem sou amigo, foi algo inconsciente, que fiz sem pensar. Foi espontâneo...", revelou.
Segue-se o Chelsea, numa eliminatória "difícil", frente a um adversário "que tem vindo a evoluir bastante em termos coletivos", mas o FC Porto "não tem limites". "Vamos até onde não pudermos mais. Temos de lutar e querer muito ganhar títulos. Essa crença e esse positivismo fazem-nos alcançar coisas bonitas", afiançou.