"Se tiver de mudar de equipa, estarei preparado, mas tenho contrato com o Boavista"
Alberth Elis garante que estará para sempre grato a Jesualdo Ferreira por tudo aquilo que lhe ensinou. Sente que agora está mais completo, depois de um inicio de época difícil, num futebol muito diferente
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Alberth Elis é a grande figura das Honduras e verdadeiro herói nacional, sobretudo depois de ter ajudado a seleção a ficar em terceiro lugar na Liga das Nações da CONCACAF. O avançado do Boavista está a recuperar de uma lesão no joelho esquerdo e espera começar a correr amanhã, iniciando, ainda na próxima semana, o trabalho com bola para disputar a Gold Cup, marcada para 10 de julho a 1 de agosto.
Enquanto recupera nas Honduras, Elis concedeu uma entrevista a canal HSI TV, analisou a época no Boavista e revelou a grande meta que tem na carreira. "Sempre tive o sonho de jogar na Europa e consegui. Agora tenho de dar outro salto e cumprir o sonho de jogar em Inglaterra. Sei que muitos hondurenhos querem ver-me jogar em Inglaterra, eu também quero, mas agora estou focado em recuperar para disputar a Gold Cup", declarou, justificando o que leva a querer tanto jogar na Premier League, onde está o clube da sua preferência, o Chelsea.
"Acompanhei a Liga inglesa desde criança e gosto do futebol que se pratica lá, porque é aberto, rápido e forte, mas se tiver de jogar em França, Espanha ou Alemanha, estarei preparado."
Apesar do sonho, lembra que está vinculado aos axadrezados até 2024. "Tenho contrato com o Boavista e tenho de respeitar o clube. Se tiver de mudar de equipa, estarei preparado", vinca, garantindo que gostou muito desta primeira época em Portugal.
"No início foi um pouco complicado, porque não conhecia o futebol português. É uma liga muito diferente da Major League Soccer [jogou no Houston Dynamo], mais tática, com as equipas com duas linhas de quatro bem definidas e não há muito espaço. Eu sou um jogador de espaço, ou melhor, era assim na MLS... Em Portugal as marcações são muito fortes, então tenho de aproveitar a minha velocidade. Depois de me adaptar o meu nível melhorou e ajudei a equipa a conquistar a permanência na Liga NOS. Queria ter lutado pelo acesso às competições europeias e o Boavista investiu bastante para conseguir esse objetivo, contratando jogadores experientes como o Rami e o Javi García, mas tivemos de lutar pela permanência e não foi fácil. Felizmente acabou tudo bem."
Numa época em que marcou oito golos e fez sete assistências, Elis admitiu que "é um orgulho ter sido o melhor marcador e o máximo assistente da equipa". "Joguei como 9 e também como extremo, tanto na direita como na esquerda, e sinto-me um jogador mais completo. Estou feliz pelos números que tive no Boavista", reconheceu, grato a Jesualdo Ferreira.
"Estarei sempre agradecido ao prof. pelo que fez por mim e por tudo aquilo que me ensinou. Joguei sempre com ele, fez tudo para eu melhorar o meu nível. Aprendi, por exemplo, a jogar de costas. Estou muito mais completo."