"Se o processo do Samaris não é sumário, se calhar é preciso arrancar a cabeça a alguém"

Bruno de Carvalho à chegada aos escritórios da Liga de Clubes
Gerardo Santos / Global Imagens
O presidente do Sporting defendeu esta quinta-feira, após a reunião que teve com Pedro Proença, presidente da Liga de Clubes, que deveria ter sido instaurado um processo sumário a Samaris na sequência da agressão do médio grego do Benfica a Diego Ivo, no jogo com o Moreirense.
"O futebol tem muita coisa para alterar. Temos de começar a perceber que futebol queremos, há quatro anos que digo isto. Ainda hoje as minhas filhas ouvem aquela mentira, que o pai cuspiu em alguém. Isto é grave, assim o futebol não vai a lado nenhum. É um processo, esse do túnel, que tem a ver com a minha dignidade, com a minha honra. Já passaram seis meses e ainda decorre. Se o processo do Samaris não é sumário, já não sei o que será um processo sumário, a não ser que se arranque a cabeça a alguém. O futebol tem muito de alterar e tem de haver coragem", afirmou Bruno de Carvalho à saída da reunião nos escritórios da Liga de Clubes em Lisboa.
O presidente do Sporting, que marcou presença na reunião acompanhado por Rui Caeiro (administrador da SAD leonina) e Nuno Saraiva (diretor de comunicação), explicou ter abordado com Pedro Proença o castigo de 113 dias de que foi alvo por parte do Conselho de Disciplina da federação.
"Viemos com uma temática que para nós é importante, relacionada com uma alteração que achamos que deve haver no regulamento. No futebol não pode haver normas que não cumpram a Constituição e que violem o código civil e das sociedades comerciais. A Liga ficou de analisar. Sei que foram os clubes que aprovaram, e o Sporting também aprovou, mas muitas vezes aprovam-se coisas que não são corretas. Devemos reconhecer que está errado. Os castigos devem cingir-se ao que é desportivo, as zonas técnicas, os bancos, os flash interviews... Se formos analisar a atual lei, pode-se interpretar que eu nem contratos posso assinar", sustentou.
