São vários os temas incontornáveis no balanço da temporada que o presidente dos encarnados irá fazer esta tarde, como a análise aos resultados, ao desempenho do plantel e as perspetivas de futuro
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Será num formato diferente do habitual que Rui Costa irá hoje colocar uma pedra na temporada, mas com explicações sobre tudo o que a influenciou. O presidente do Benfica será questionado por vários diretores de órgãos de comunicação social, numa entrevista que será depois transmitida pela BTV às 18h45, sem filtros e com muitos temas incontornáveis que influenciaram a época benfiquista.
A continuidade de Roger Schmidt à frente do plantel para 2024/25 será tema central. Mesmo tendo mais dois anos de contrato, a conquista de apenas um título, a Supertaça, e o futebol praticado geraram contestação junto de uma franja de adeptos benfiquistas, que passou a contestação e teve ainda episódios quentes, com uma agressão ao treinador com uma garrafa, em Faro. Rui Costa prepara-se para confirmar que não abdica do alemão, por defender uma política de continuidade do seu projeto, além de recusar o pagamento de indemnizações a treinadores.
A construção do plantel, os flops da temporada - Schmidt criticou muitas vezes a falta de eficácia e no tridente da frente foram gastos 38 milhões de euros em Arthur Cabral e Marcos Leonardo -, a saída a custo zero de Rafa - como havia acontecido com Grimaldo - e a continuidade de Di María, que foi de férias sem dar novidades sobre o seu futuro, não ficarão de fora desta conversa, bem como o assumir das responsabilidades por uma sem a conquista do título apesar do investimento acima de 100 milhões de euros, ao nível do somatório dos gastos de Sporting e FC Porto.
A necessidade de venda de ativos, sobretudo da formação - como os muito cobiçados António Silva e João Neves - estarão também na ementa de questões a Rui Costa, bem como as perspetivas de aposta no reforço do plantel, nomeadamente tendo como base a capacidade ou não do Benfica em alocar mais milhões para assegurar esse objetivo. Como tema acessório, há ainda a área da prospeção, que tem perdido elementos nos últimos meses em explicação da parte do clube ou dos próprios para esta separação.
Auditoria e processos serão temas
Além da revisão dos estatutos do Benfica, promessa eleitoral de Rui Costa que ainda aguarda na gaveta a necessária apresentação em assembleia geral de associados, uma das críticas que tem sido dirigida ao elenco liderado pelo antigo jogador é a auditoria forense que anunciou e nunca foi tornada pública. Setembro do ano passado era o último prazo previsto, mas até hoje nada ainda foi avançado pelo presidente dos encarnados, que também foi chamado na última semana a prestar esclarecimentos, enquanto arguido, perante as suspeitas da Polícia Judiciária do desvio de fundos da SAD.