"Saiu num jornal o 'vale tudo'. Disse a Sérgio Conceição que isso me dá combustível"
Declarações de Felipe, antigo central dos dragões e agora no Nottingham Forest, ao programa "Hora dos Craques" do Porto Canal, apresentado por Maniche e Miguel Marques Monteiro.
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Carinho pelo FC Porto: "O primeiro clube a receber-me na Europa foi o FC Porto e tenho uma paixão pelo clube. Foram três anos em Portugal, tenho um carinho pelo FC Porto e acompanho sempre que posso, tenho amigos lá."
Adaptação ao futebol europeu: "Não é fácil sair do Brasil e do estilo mais tocado e tranquilo, onde se deixa a relva mais alta. Aqui já é obrigatório regar e o futebol é muito mais rápido e dinâmico. Quando cheguei já sentia essa dificuldade. Os atacantes são muito rápidos, viram-se de frente e atacam, enquanto no Brasil é mais posicional, daí que haja muitos jogadores com mais idade na minha posição e que conseguem jogar tranquilamente. A adaptação mais difícil foi essa, ser mais rápido. Tens de estar os 90 minutos ligado, senão fica complicado. 'Caramba, isto aqui é muito mais rápido'."
O primeiro dia no FC Porto: "Lembro-me que fomos ao museu e conheci toda a história. Já sabia algumas coisas, mas ali encantou ver a história ponto por ponto, foi especial. Foi onde comecei a sentir que estava num ótimo clube, um dia especial."
As críticas e os rótulos dos rivais: "No começo fiquei um pouco assustado. Estou a fazer o meu trabalho, quem me julga é o árbitro no momento, se estou a fazer algo mal que me expulse. Não entendia. Mas levei para o lado positivo. Se alguma coisa os está a incomodar é porque também quer dizer que eu estou bem. Se fossem os meus adeptos, aí eu ficava preocupado, mas como eram os rivais, dava-me mais energia. Saiu num jornal o 'vale tudo' e mais não sei o quê. Nessa altura, o Sérgio Conceição chamou-me e disse-me que estava a sentir que eu estava um pouco 'assim'. E eu disse-lhe 'não, isso aí só me alimenta, dá-me combustível'. Deu tudo certo."
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