Morita jogou no lugar do reforço dos Wolves e foi um dos melhores no Sporting que desde 2003 não perdia três jogos seguidos com o FC Porto
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Na semana que antecedeu o clássico ganho, por 3-0, pelo FC Porto, as atenções foram dominadas pela transferência, a meio da semana, de Matheus Nunes para o Wolverhampton e o peso que a sua ausência teria na equipa leonina. Contudo, atirar as culpas da derrota de sábado para essa saída é um erro que Rúben Amorim não deverá cometer.
A derrota 3-0 no Dragão tem razões mais profundas do que a ausência do médio luso, dado que o japonês teve números melhores que o ex-colega nos embates anteriores com o FC Porto.
Desde logo porque Morita, que substituiu o internacional português, foi um dos melhores em campo pelo Sporting e apresentou estatísticas que em nada ficam a perder para as apresentadas por Matheus Nunes nos dois clássicos anteriores, que o Sporting também tinha perdido: 2-1 em Alvalade e 1-0 no Porto, ambas na Taça de Portugal.
Nos 70 minutos jogados anteontem, Morita destacou-se pelo acerto no passe, onde falhou apenas um de 22, claramente melhor do que fizera Matheus nos jogos anteriores (ver comparativo na galeria em cima). De resto, o jogador japonês teve um sucesso de 70% nas ações realizadas no jogo, mais concretamente 31 de 44. O agora jogador dos Wolves conseguira igual número de ações acertadas no desaire anterior no Dragão, mas com uma taxa de 56 % de sucesso, a mesma que já tivera com 39 ações corretas em 70 no desafio em Alvalade. Dois jogos em que esteve em campo os 90 minutos.
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Ambos fizeram um remate por partida, e Morita acertou no poste com o resultado em 0-0 anteontem, alcançando o japonês também melhores percentagens de sucesso nos dribles e duelos ganhos. Com menos perdas de bola, Morita só ficou a perder nas recuperações no meio-campo ofensivo: zero.
Segundo apurou O JOGO, Amorim e os seus adjuntos já começaram as análises à partida no Dragão e identificaram que o problema não esteve apenas no meio-campo e na ausência de Matheus Nunes. Há razões mais profundas, como as muitas perdas de bola no meio-campo, a construção recuada e o desacerto na finalização. De resto, desde 2003 que o Sporting não perdia três jogos seguidos diante do FC Porto.
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