Xavi escreveu uma carta a Casillas, desejando-lhe sorte num clube que, considera, o vai receber como um herói.
Corpo do artigo
Xavi era o maior símbolo do Barcelona e Casillas do Real Madrid. Ambos deixam os respetivos clubes neste defeso e, através de uma carta enviada a Iker, Xavi mostra que a grande rivalidade entre os dois emblemas, entre eles sempre foi trocada pela amizade e por um enorme respeito.
"Conheci Iker no Mundial Sub-17 do Egipto", começa por escrever Xavi. "Sempre que me falam dele respondo: 'É muito boa pessoa.'", prossegue, lembrando que ultimamente Casillas não andava bem: "Cai-me mal ver o que se passa com ele. Nos últimos anos vi que não se divertia como antes, via-o amargurado e acho que toda a gente neste país devia fazer uma reflexão sobre isso."
Xavi diz que o guarda-redes andava a "jogar sob pressão, como se tivesse que demonstrar a cada jogo o grande guarda-redes que é", mas que, agora, no FC Porto "vai ser recebido como um herói". "No estrangeiro irão dar-lhe mais valor", considera.
"Como se pode deixar de valorizar Iker? Para mim é o guarda-redes mais decisivo da história. Que defesas. Quem sabe não era perfeito a jogar com os pés, como agora é moda, mas nunca vi ninguém tão intuitivo como ele debaixo dos postes. Mudou a história da seleção naquele desempate por penáltis contra a Itália. (...) "Tem calma Luis, que está lá o Iker, este é dos bons", disse eu a Aragonés. Mas não era apenas bom. Era especial. As defesas contra Robben na final do Mundial, uma a Perotti contra o Sevilha que parecia impossível. Tantas", escreveu Xavi, concluindo com uma mensagem de boa sorte: "Cai-me muito mal a sua saída do Real Madrid. Dá-me pena. Parece descafeínada. Não é de mais dizer-lhe que é um grande e que o aprecio muito. Desejo-te muita sorte na tua nova etapa no FC Porto, amigo."