Saco Azul: advogados do Benfica dizem não ter sido imputado crime de branqueamento
Garantia num documento assinado por João Medeiros, Paulo Saragoça da Matta e Rui Patrício, os advogados do Benfica.
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Os advogados do Benfica esclareceram esta quarta-feira que "a imputação feita e comunicada" é de "alegado crime de fraude fiscal", após a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmar que o inquérito também abrange branqueamento de capitais.
Num documento assinado por João Medeiros, Paulo Saragoça da Matta e Rui Patrício, os advogados das águias insurgem-se contra as "inexatidões, falsidades e especulações sobre o teor da imputação", no mesmo dia em que fonte da PGR explicou que "as diligências tiveram lugar no âmbito de um inquérito onde se investigam os crimes de fraude fiscal e branqueamento".
Assim, e reforçando que foi feito um pedido para ser "confirmada a informação verbal" de que o processo não está sujeito a segredo de justiça, os responsáveis pela defesa dos lisboetas pretendem esclarecer, com "interesse superior" e caráter "muito urgente", que a imputação "feita e comunicada, nos termos e com as consequências legais, é de alegado crime de fraude fiscal".
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"Clarifica-se que as diligências tiveram lugar no âmbito de um inquérito onde se investigam os crimes de fraude fiscal e branqueamento", apontou hoje à Lusa fonte da PGR, um dia depois de ser confirmada a constituição como arguidos de Luís Filipe Vieira e do administrador Domingos Soares de Oliveira, enquanto representantes legais da Benfica SAD e da Benfica Estádio, segundo comunicado dos "encarnados' à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As investigações estão integradas na operação Saco Azul, incidindo sobre a obtenção de "vantagem patrimonial indevida" por aquelas sociedades nos anos 2016 e 2017.
A esta ação "está associada uma possível contingência fiscal calculada pela Autoridade Tributária no valor total aproximado" de 600 mil euros, referiram as águias no comunicado à CMVM.