Fabrício Simões, do Olivais e Moscavide, é perigoso de cabeça e treina de sapatilhas no sintético. Recorda empate pelo Leiria e espera surpreender de novo o Sporting.
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Fabrício Simões já travou o Sporting pelo Leiria, quando, orientado por Pedro Caixinha, empatou em Alvalade, em 2011. Foi o seu momento na I Liga. “Joguei 80 minutos nesse jogo”, revela a O JOGO. “Os colegas aqui perguntaram-me como era jogar contra uma equipa de I Liga. Só lhes disse para estarem tranquilos, que a pressão está do lado deles. Temos é de desfrutar do jogo e tentar surpreender o Sporting”, precisa o avançado de 38 anos, um dos mais experientes e que ganhou uma nova vida no Olivais. “Saí da B SAD e ia acabar carreira. Mas apresentaram-me o projeto. São ambiciosos e quis vir ajudar”, realça Fabrício que concilia a vida de condutor Uber com a de futebolista.
Quando chegou a Portugal, foi para a Madeira, jogando por Câmara de Lobos (2006/07) e Machico (2007/08). Rumou ao Benfica de Castelo Branco, onde marcou 23 golos. No Operário Lago fez 14 em 18 jogos e foi recrutado pelo Leiria, para a I Liga. “Se eu tivesse alguém que me tivesse orientado melhor, se tivesse empresário que me ajudasse, talvez pudesse ter ido mais longe”, comenta, sem mágoas: “Fiz uma boa carreira. Tenho orgulho.”
De 2013 a 2017 esteve em Angola, no Caála, Benfica de Luanda, Petro de Luanda e Libolo, passando ainda pelo Chipre. Em 2018/19 foi para o Famalicão marcar 16 golos e subir de divisão. Não continuou e no ano seguinte voltou a subir, mas pelo Farense. Rumaria ao Feirense (2020/21), E. Amadora em 2021/22, todos projetos de subida à I Liga, mas nunca mais teve convites da principal divisão.
Hoje, no sintético do Olivais e Moscavide, treina com sapatilhas. “Passei a jogar futebol de sete naquelas equipas de amigos e quando treinei aqui pela primeira vez usei botas e senti que tinha levado uma sova. Doía-me tudo. Uso as sapatilhas. Não vejo mal nisso”, explica, revelando que vai calçar chuteiras no José Gomes, hoje. Descreve-se como um jogador “solidário”, que joga “em prol da equipa” e que luta por “todos os lances”. “Sou forte no jogo aéreo e sei jogar como pivô, recebo e viro rapidamente”, conclui o camisola 9, que hoje será titular.