Pirata informática já terá sido notificado na prisão onde se encontra detido preventivamente.
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O Ministério Público (MP) acusou Rui Pinto, denunciante do Football Leaks, por factos apurados na investigação relacionada com a alegada tentativa de extorsão à Doyen e com acessos ilegais aos servidores do Sporting.
Em causa estão, entre outros, crimes de acesso ilegítimo e de tentativa de extorsão, este último relacionado a tentativa de extorsão de, entre 500 mil e um milhão de euros, ao fundo de investimento Doyen Sports, na manhã de 3 de outubro de 2015.
Em prisão preventiva desde 22 de março, Rui Pinto, de 30 anos, foi detido na Hungria e entregue às autoridades portuguesas, com base num mandado de detenção europeu (MDE).
O pirata informático ficou nessa ocasião indiciado de seis crimes: dois de acesso ilegítimo, dois de violação de segredo, um de ofensa a pessoa coletiva e outro de extorsão na forma tentada, todos relacionados, apenas, com acessos aos servidores do Sporting e da Doyen, em 2015, bem como a uma alegada tentativa de extorsão a este fundo de investimento.
Aníbal Pinto, o outro arguido no processo, à data dos factos advogado de Rui Pinto e alegado interlocutor com os responsáveis da Doyen, foi também acusado do crime de extorsão, na forma tentada, acrescentou a mesma fonte judicial.
Na base da emissão do MDE estiveram alegados acessos ilegais aos sistemas informáticos do Sporting e da Doyen Sports e posterior divulgação de documentos confidenciais, como contratos de futebolistas do clube lisboeta e do então treinador Jorge Jesus, além de outros contratos celebrados entre a Doyen e vários clubes.