Rui Pinto reage nas redes sociais: "Oito anos depois, a justiça vai fazendo o seu caminho"
Reação às buscas realizadas esta quarta-feira a Benfica, FC Porto e Sporting.
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Rui Pinto reagiu nas redes sociais à notícia das buscas levadas a cabo pela Autoridade Tributária a Benfica, FC Porto e Sporting esta quarta-feira.
"Em 2015, o projeto FootballLeaks deu o pontapé de saída, tendo como objetivo divulgar a parte oculta do futebol. Após centenas de revelações de impacto global, a bola passou para o lado da justiça, que oito anos depois vai fazendo o seu caminho", escreveu no Twitter.
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A Autoridade Tributária confirmou buscas, por suspeitas de fraude e fraude qualificada, envolvendo 67 mandados de busca, três dos quais a SAD e 28 a escritórios de advogados, empresas de contabilidade e empresas de agentes de desportivos.
"No âmbito da investigação de diversos processos-crime instaurados por suspeitas da prática de atos passíveis de configurar ilícitos criminais de fraude e fraude qualificada a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), através da Unidade dos Grandes Contribuintes (UGC) na qualidade de Órgão de Polícia Criminal, colocou no dia de hoje, em curso a "Operação Penálti", informou a AT, em comunicado.
A AT detalha que as buscas no âmbito da investigação de crimes relacionados com negócios do futebol profissional, consubstanciou no cumprimento de 67 mandados de busca, sendo 36 mandados de busca domiciliária e 31 mandados de busca não domiciliária, sendo três a Sociedades Anónimas Desportivas (SAD) e 28 a escritório de advogados, gabinetes de contabilidade e empresas de agentes de desportivos.
O fisco informa que estiveram envolvidos cerca de 250 efetivos, entre 122 inspetores tributários e aduaneiros da Unidade dos Grandes Contribuintes e da Direção de Serviços de Investigação da Fraude e Ações especiais (DSIFAE), com o apoio operacional 117 militares da Unidade de Ação Fiscal da GNR e magistrados do Ministério Público e magistrados judiciais.
Rui Pinto, de 34 anos, responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada.
O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 7 de agosto de 2020, devido à sua colaboração com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu sentido crítico, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.
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