Rui Costa garante: "Sem risco quanto ao cumprimento dos critérios financeiros da UEFA"
SAD do Benfica apresentou prejuízo no Relatório e Contas referente a 2023/24
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O Benfica apresentou este domingo contas negativas e, na mensagem do presidente que consta no Relatório e Contas, Rui Costa, “sem rodeios”, reconhece que “a época ficou aquém” do que pretendiam no plano desportivo, onde tinham “fundadas e legítimas aspirações de conquistar o 39”. “A vontade de ganhar, sempre, é o que nos move. Não nos contentamos com menos do que títulos e troféus: só eles nos preenchem e é por eles que trabalhamos apaixonada e empenhadamente, em paralelo com uma solidez económica que assegure as condições para o fazer”, pode ler-se no documento.
Rui Costa destaca que os encarnados souberam “criar, ao longo dos anos, a capacidade de investimento” que permite ao Benfica “materializar esse desígnio, seguindo uma linha que privilegia e potencia a vertente desportiva”. “Procurámos dinamizar os predicados de um plantel campeão, reforçámo-lo o melhor possível, num trabalho conjunto entre administração, equipa técnica e scouting e estimulámos a estreita ligação com a formação. Uma política que, estamos convictos, nos coloca numa trajetória mais próxima do sucesso no futuro”, prosseguiu Rui Costa.
“Pela positiva, há a destacar a conquista da Supertaça, o apuramento direto para a Liga dos Campeões - cuja receita assegurada foi fundamental para o planeamento e competitividade desta nova época -, e a confirmação da presença no Mundial de Clubes. Uma prova cuja singularidade global irá cimentar internacionalmente o nome Benfica, para além do acréscimo de receita que encerra”, acrescentou ainda, destacando que “parte do investimento realizado na competitividade do plantel foi feito com o propósito de antecipação ao mercado, permitindo a contratação de jogadores com elevada margem de crescimento a um preço comportável para a Benfica SAD”.
“Com os investimentos realizados em janeiro e ao longo do exercício reforçámos a estratégia: uma equipa mais competitiva, com uma média de idades mais baixa e um valor de mercado e potencial mais elevados. Para além disso, o número total de jogadores no ativo da Benfica SAD manteve a tendência de redução iniciada há três anos”, justificou o líder das águias, para quem “o equilíbrio económico do exercício poderia ter sido facilmente alcançável se as movimentações de mercado tivessem avançado mais cedo, ao invés de proteladas para depois do Campeonato da Europa”.
“Caso contrário, teria sido natural um resultado positivo, em linha com o primeiro semestre, a reforçar a robustez da Benfica SAD, cujos capitais próprios continuam elevados e num patamar sem paralelo no futebol nacional. A sustentabilidade económica da Benfica SAD está, indubitavelmente, assegurada, não se indiciando qualquer risco quanto ao cumprimento dos critérios financeiros da UEFA.”