Declarações do treinador do Sporting após o triunfo por 3-0 em casa do Estrela da Amadora, na ronda 27 do campeonato
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A vitória: "É um jogo onde controlámos do início ao fim. Não deixámos o Estrela sequer ter dois ou três lances de bola parada, lançamentos. Aquilo que eu tinha falado na antevisão do jogo era um bocadinho o que aconteceu. Era uma equipa forte em duelos, forte, muito competitiva nesse sentido. Um campo que, felizmente, com os nossos adeptos conseguimos trazer o ambiente para o nosso lado. E sentiu-se também, se calhar, frustração, em alguns momentos, dos jogadores do Estrela. Por isso, um jogo onde nós comandámos, uma primeira parte onde entrámos muito bem, poderíamos ter feito logo golo numa fase inicial nos primeiros 15 minutos. Entrámos bem nos primeiros 15, 20 minutos, estivemos muito bem. A partir dos 20, 25 minutos, o Estrela conseguiu adormecer, de alguma forma, também o jogo. Nós entrámos nesse ritmo, um ritmo lento. Depois, com a expulsão, acaba por entrar o jogo ainda num ritmo mais lento. Começámos a perder muito bola, pouca largura, pouca velocidade na variação da bola, no fazer andar a bola. Ao intervalo, tentámos alterar isso. Sabíamos que o Estrela ia estar com um bloco mais baixo. Precisávamos de ter gente na largura para o um para um, principalmente no último terço. Foi um bocadinho isso que tentámos numa fase inicial, puxar o Quenda para uma boa posição que ele já tem feito desde o início da época. Jogar à largura na direita, dar-nos esse um para um. O Geny a dar-nos também mais essa capacidade no um para um, de aceleração no último terço. Foi um bocadinho por aí, onde tentámos, depois do 1-0, desbloqueámos logo a seguir. Acho que poderíamos ter feito facilmente mais cedo o 2-0, onde comandámos o jogo do início ao fim e os golos foram surgindo com naturalidade. Por isso, é um jogo simples de analisar."
Gyokeres bisou de penálti. Está em forma para a reta final? "Desde há algum tempo que ele está a crescer e está a voltar ao Víktor normal em termos físicos. É claramente a diferença e faz claramente a diferença num jogador como ele, numa equipa como a nossa. Vivemos muito daquilo que o Viktor dá, daquilo que o Trincão e o Quenda, o Geny e a malta da frente, principalmente os jogadores mais ofensivos, dão. Neste jogo, jogámos com o Zeno [Debast] e Edu [Felicíssimo]. São dois médios que não nos vão dar muito naquilo que é a criação, dão coisas muito diferentes. Por isso precisamos muito e vivemos muito daquilo que dá a malta, que é mais irreverente, que dá mais esse poder no último terço. O Viktor é o normal dele, para mim, já disse várias vezes, é extraordinário. Felizmente é aproveitar, poder desfrutar dele diariamente, não só aqui, no dia de jogo, diariamente também, porque ele a treinar é exatamente a mesma coisa, é exatamente o mesmo exemplo. É competitivo, é ambicioso e transporta isso para a equipa. É importante transportar isso, porque é uma equipa jovem e precisamos dessa ambição, que alguém passe essa ambição, que alguém dê essa parte competitiva também de jogo e ele dá a todos os níveis. Por isso é um jogador muito importante e nós não fugimos a isso."