Rui Borges: "Fiquei surpreendido por 'desencantarem' a minha mãe para falar..."
Declarações de Rui Borges na antevisão do Vitória-FC Porto, partida da sexta jornada da I Liga marcada para este sábado (18h00)
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António Miguel Cardoso, presidente do clube, afirmou recentemente que Rui Borges fala com o coração: “Falo com o coração porque sou honesto. Quando falo com vocês ou a estrutura sou igual, não mudo, essa é uma característica minha, não ando aqui a fazer que faço, não crio formas de comunicar diferentes porque me convém. Sou eu próprio, vou ser sempre assim, nos momentos bons e menos bons. Quando as coisas não correrem bem vou ser igual, honesto, não escondo nada, a falar com o coração. O futebol está tão abrangente que não se esconde nada, sabe-se tudo. Eu ajudo os jogadores, mostro-lhes o meu caminho, tento compreendê-los porque são eles que fazem de mim treinador. Ajudo-os mostro o caminho, se acreditarem no meu discurso e no da minha equipa técnica, que tem muita competência, somos mais fortes. Se acreditarem no nosso discurso, na nossa comunicação, fazem de mim treinador. Temos de perceber o que cada um dá ao coletivo. Gosto muito de ouvir os jogadores, de partilhar. Todos os jogos peço aos jogadores para errarem muito, porque só erra quem não se esconde do jogo. Quero que reajam ao erro para cada vez mais falharem menos".
Rui Borges atinge a marca de 40 jogos na I Liga, curiosamente estreou-se contra o FC Porto: “Nem sabia dessa marca. Estou feliz pelo meu trajeto. Fiquei surpreendido por 'desencantarem' a minha mãe para falar. Não era fácil. Fico feliz. O meu maior desafio como treinador é que os meus se sintam orgulhosos e eles sentem-se. Estou feliz com o meu trajeto e ciente de onde quero chegar. Vão surgir tropeções, vou cair, vou levantar-me, mas vou continuar a ser o mesmo, o rapaz que começou em Mirandela e que representa um grande clube como o Vitória. Um treinador luta para chegar a estes patamares, com pressão, se assim não fosse estava em Mirandela, perto dos meus, ia ganhando de vez em quando. Tracei um caminho e luto por ele, felizmente tenho conseguido alcançar alguns objetivos. Quando não correr bem irei trabalhar da mesma forma, como o mesmo foco".
Carlos Carvalhal, treinador do Braga, afirmou que uma derrota com o rival pesa o dobro: "Vale o dobro por aquilo que sei que representa para todos os adeptos do Vitória. Para mim, vale três pontos, muito honestamente, vale três pontos. Sinto de forma diferente porque sei o que representa para os adeptos. Valorizo tanto a vitória com o Braga como com o último classificado, e se fosse a derrota era da mesma forma. São jogos, temos de ser competitivos, mas depois do lado de fora temos de ser humanos, há uma comunidade, temos de nos dar de alguma forma, de nos respeitarmos. Sei estar tranquilo e equilibrado, saber que foi um jogo, que valeu três pontos, contra um adversário que joga competições europeias, como a Champions. Valorizo a vitória como as vitórias com Estoril e Famalicão, por exemplo”.
Ambiente para a receção ao FC Porto: "Sabemos das dificuldades que acarreta, acredito também que vamos ter um grande ambiente. A vitória no jogo passado foi especial para os adeptos, para nós também, mas mais para eles, e nós temos que o sentir dessa forma. Acredito que eles também vão continuar a aparecer em força, como tem acontecido ao longo destes jogos, e acredito que estará um grande ambiente que nos ajudará também a ganhar, que é esse o nosso objetivo."