Treinador da equipa minhota garantiu que “a equipa está a 100 por cento” e pediu “rigor mental”
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Depois de três triunfos na Liga Conferência - o último na quinta-feira, em Zurique, por 3-0, para a primeira mão da terceira pré-eliminatória -, Rui Borges assumiu, na antevisão da estreia do Vitória de Guimarães na 92.ª edição da I Liga, esta segunda-feira em Arouca, a natural ambição de continuar a ganhar. “Não descuido o campeonato”, garantiu.
A ambição principal passa por conduzir o Vitória à fase de grupos da Liga Conferência ou apostar na Liga?
“Muito honestamente, tenho a ambição para o campeonato e para a Liga Conferência. Vai muito de encontro ao que tenho dito, de ser um treinador feliz num clube que exige o máximo de mim. Enquanto treinador do Vitória, pela exigência do clube e dos seus adeptos, tenho de ter uma ambição enorme de chegar à fase de grupos da Liga Conferência, mas também queremos fazer um campeonato bom, pelo que é importante começar bem. Vamos ter vários jogos seguidos, com pouco tempo de descanso, vamos ter de gerir algumas coisas, uma gestão no dia a dia. Queremos muito fazer um belíssimo jogo, não descuido o campeonato, queremos dar sequência aos bons resultados na Liga Conferência. Os jogadores têm de sentir que estão num grande clube. Para sermos grandes não basta dizer que queremos ser grandes. Temos de nos focar neste próximo jogo, os melhores destacam-se com essa consistência. Se queremos estar entre os melhores a exigência tem de passar por sermos consistentes, não nos podemos cansar de ganhar, para ganhar temos de trabalhar bastante, respeitar os adversários, neste caso o Arouca. Temos de ter capacidade para ultrapassar dificuldades, só assim podemos ser consistentes”.
Gestão da equipa numa semana com dois jogos
“Acabam por ser preparações diferentes pelo tempo de descanso entre um jogo e o outro. Não dá para trabalhar tudo o queremos. Temos de definir o mais importante, passar mais informação do que propriamente treinar sobre o jogo a 100 por cento. Passámos bastante imaginação, a malta está focada, pedi mais rigor em termos mentais, mais do que o treino em termos físicos para termos capacidade para absorver o nosso discurso. Acredito que eles estão comprometidos, querem continuar a dar uma boa resposta. A equipa está a 100 por cento”.
A equipa conseguiu mudar o chip para este jogo?
“É difícil dizer se o chip muda ou não, amanhã [segunda-feira, em Arouca] veremos isso no jogo. Olho para a equipa e para o grupo e vejo-os focados, com os pés bem assentes na terra. Têm uma ambição enorme de dar grandes respostas, independentemente de quem é o adversário. Esta segunda-feira começa uma longa caminhada, onde também queremos ser felizes. Vamos sofrer, mas vamos querer impor o nosso jogo. Os jogadores têm uma ambição interminável, querem continuar a ser Vitória e a conquistar novos triunfos”.
Como será estar no papel de treinador principal depois das condicionantes da época passada?
“Estou feliz por ter dado este passo e estar neste grande clube, com uma exigência enorme. O poder estar de pé vai de encontro à minha forma de ser. Não sou um treinador exuberante, de andar para trás e para a frente no relvado, isso era mais o Tiago [Aguiar, um dos adjuntos] na época passada. Tento ser mais perspicaz, mais assertivo. Claro que gosto estar de pé. No ano passado existiu um grande respeito pelo Tiago, mas é sempre diferente olharem para o líder de pé”.
O que espera do jogo com o Arouca?
“É sempre um campo difícil de jogar. O Arouca manteve uma base forte, tem bons comportamentos, acrescentou coisas com o seu novo treinador. Espera-nos um jogo de dificuldades. Se não formos rigorosos, vai ser um jogo difícil. Temos de estar muito focados para estes comportamentos da equipa e espero que seja mesmo rigorosa com as dinâmicas do adversário. Sabemos que vamos defrontar uma boa equipa, com valores individuais e coletivos fortes”.
Ainda espera reforços?
“Neste momento, preocupa-me que não saia mais ninguém. Estou feliz com o plantel que tenho, estamos sempre atentos ao mercado, mas sem pensar em posições específicas. O plantel está equilibrado, mas a qualquer momento pode sair mais alguém e temos de estar preparados para isso. Internamente estamos preparados para colmatar saídas. Temos de viver o dia a dia. Estou feliz com o plantel que tenho. Já temos dinâmicas novas, mas queremos mais e melhor, isso leva tempo. Só o trabalho nos vai fazer ser cada vez maiores”.