Declarações do treinador do Sporting após o triunfo por 3-0 em casa do Estrela da Amadora, na ronda 27 do campeonato
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Hoje foi preciso a atitude e será assim daqui para a frente? "Sim, sem dúvida alguma, mas não só hoje, foi sempre. A equipa agarrou-se bem em alguns momentos, com todos os contratempos que nos aconteceu desde que chegámos, com os jogadores castigados, lesionados. Agarramo-nos sempre a isso. A atitude primeiro tem que estar lá, porque se a atitude estiver lá, nós vamos ganhar. E a atitude competitiva tem cada vez mais aumentado e isso sente-se na equipa. Eu já digo isso há dois, três, quatro jogos. A energia da equipa é diferente, nota-se claramente que é diferente. A ambição da equipa, a parte competitiva da equipa. Eu vejo o Zeno [Debast], que era uma defesa-central com muitas dificuldades naquilo que é duelos e jogo aéreo. E estou a vê-lo crescer, a jogar a médio e a ganhar essas capacidades, a tornar-se mais competitivo, a dividir mais duelos aéreos, que era algo que lhe faltava até na posição inicial dele e agora está a conseguir aos poucos conquistar esses atributos. E vai melhorar, e vai ser um jogador melhor nesse sentido, porque vai se capacitando de outras armas que se calhar lhe faltavam. Por isso, a equipa, acima de tudo, está focada em grupo, é uma família enorme. Não só dos jogadores, de toda a estrutura que trabalha diariamente ali, desde os roupeiros, desde as pessoas que limpam, desde as pessoas da alimentação, desde a parte médica, toda essa dinâmica diária tem sido importante. Está tudo a correr para o mesmo, está tudo a lutar para o mesmo e sente-se diariamente. Isso também se transporta para o jogo e sente-se depois na energia da equipa e na ajuda que existe entre todos."
O Sporting jogar primeiro pode pesar no resto do campeonato? "Não, nós estamos muito focados naquilo que nós controlamos, que são os nossos jogos. Muito sinceramente não estou... Não olho para o adversário, percebo, e ganhou. E é normal que a gente veja o jogo e sinta que fizeram o mesmo que nós. Mas nós temos de fazer a nossa parte. Nós tínhamos de fazer a nossa parte, que era ganhar. Ser competitivos, fazer a nossa parte, ganhar. Tudo o que os três pontos nos dá é tudo consequência. Por isso, nós temos de fazer a nossa parte. E nós somos obrigados, e foi isso que pedi hoje à equipa. Somos obrigados a uma coisa, é cada um dar o seu melhor. Se cada um der o seu melhor, nós vamos ser competitivos e vamos ganhar. E depois torna-se difícil não acontecer perante esta massa associativa que tem andado atrás de nós desde sempre, o que é fantástico. Eu disse há bocado, jogámos em casa, puxámos aquilo que é o ambiente difícil aqui na Amadora, puxamo-lo para o nosso lado. Estávamos a jogar em casa, tínhamos os nossos adeptos, e isso sente-se, e isso é importante. E a energia positiva que se passa de fora para dentro e de dentro para fora tem de ser uma só, e de igual forma. E isso sente-se muito bem. Eu fico feliz, arrepio-me, porque adoro olhar e ver os nossos adeptos e a moldura humana que está. Jamais deixam de nos apoiar, não só hoje, que correu tudo bem, que ganhámos 3-0. Não, quando estava 0-0, eles ficavam ali, sempre connosco, sempre a puxar, nunca desconfiando. E isso é importante, os jogadores não desconfiarem, e passa muito dos nossos adeptos passar essa energia para dentro, para passar essa confiança e a equipa manter essa confiança. Não desconfiar nunca. Porque os jogos vão ser difíceis até o fim."
Agora vem aí outra "final' na Taça de Portugal... "Sim, é uma meia-final de dois jogos. Vamos fazer a nossa parte. Queremos muito estar na final da taça. Muito mesmo. Todos. E vamos fazer o melhor possível para fazermos um grande jogo. E em nossa casa também, perante os nossos adeptos, volto a dizer, estarão em força, não tenho dúvida nenhuma, para depois sim, para o segundo jogo irmos com uma vitória em nossa casa, se possível, para conseguirmos estar na final, que é esse o grande objetivo."