Rui Borges e a ausência de minutos do reforço Biel: "Tem de perceber umas coisas"
Declarações de Rui Borges após o Sporting-Estoril (3-1) da jornada 24 da I Liga
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A improvisação e a estreia de Eduardo Felicíssimo, o nono médio a jogar: "Acima de tudo, grande querer da equipa, independentemente de serem miúdos ou não. A coragem e ambição desta equipa é bem demonstrativa. O Edu estava há meia dúzia de meses no campeonato de sub-17 e agora foi titular. Saiu só pelo amarelo. Estava a fazer jogo equilibrado e consistente. Digo a todos errem muito, quando não erram é sinal de que se escondem. O azar de uns são oportunidades para outros. Tem a ver com a leitura de cada treinador. Têm trabalhado cada dia. Por mais que tenham surgido lesões e castigos, a equipa tem estado muito bem. Fomos superiores grande parte do tempo do jogo. Podíamos estar a ganhar três ou 4-0 e deixamos as equipas entrarem no jogo. A equipa esteve fantástica, talvez a falta de maturidade leva às vezes a isso, a sofrer golos. Basta olhar para a equipa, de forma geral. São miúdos de 18 ou 19 anos."
Tendo em conta as condicionantes, significado dos seus registos no Sporting: "16 jogos... é perceber o início de jogos que tivemos. Perdi dois jogos, na Liga dos Campeões, com Dortmund e Leipzig. Não olho aos jogos. Ou era porque não ganhámos ao Gil, agora é porque ganhámos dois jogos seguidos. Focamos no nosso, no dia a dia. Com todas as dificuldades e contratempos, a equipa continua feliz, com ambição enorme, junta, competitiva, e hoje fomos isso. O adversário é competitivo, gosta de pressionar homem a home, e fomos melhores. Ganhámos e é seguir o nosso caminho."
Tem o reforço Biel, mas joga com miúdos da formação: "O Biel é solução como os outros. Está-se a adaptar. A estratégia é se o jogo pede o Biel, se não pede. Está a chegar, tem de perceber umas coisas. Com o passar do tempo, é apenas estratégia. Podia jogar na zona do Trincão ou do Quenda, optámos pelo Geny Catamo, pelo Harder, que nos dava capacidade atlética. Estou feliz pela forma como o Biel está a trabalhar, por ver que se está adaptar e vejo-o feliz."
A exibição de Gyokeres, que esteve às vezes agarrado à perna esquerda: "Agarrou-se no final da primeira parte porque levou uma pancada. Nem sei se a lesão foi na esquerda ou direita. Ele está bem. Quando tive de gerir disse que geria, em Arouca corremos esse risco, hoje não corremos o risco. Foi bem demonstrativa a segunda parte dele. É o Viktor. Ele percebeu a estratégia, sabia que ia estar muitas vezes em um para um e ele gosta disso. A malta esteve ligada na estratégia durante 90 minutos, o Viktor teve capacidade enorme. Enaltecer também a capacidade do Edu que fez jogo fantástico, e o Zeno Debast que fez grande jogo, encheu o campo em posição que não é a dele, gostei muito. Tem tido capacidade fantástica de querer aprender, tem caraterísticas para jogar ali, tem crescido imenso."
Porque só mexeu por opção quase aos 80'? "Perante a resposta que a equipa estava a dar... Foi muito por aí. O Edu [Felicíssimo] estava tão bem no jogo que se o tirasse era mesmo só pelo amarelo. Não tenho necessidade de as fazer aos 50', se quiser faço aos 80'. É a nossa leitura, vamos falhar e outras vezes acertar."
Matheus Reis com problemas físicos? "Acho que não. Sofreu um toque no braço, mas era mais cansaço que lesão. Não tem jogado naquela posição exigente na largura, com mais metros para pressionar. Foi mais por aí, mais que por qualquer lesão."