Declarações de Rui Borges após o Sporting-Nacional (2-0), jogo da 19.ª jornada da I Liga
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O quão importante é ter esta almofada de pontos em relação aos rivais? “A equipa tem sido competente, está minimamente como eu quero, eles demonstram isso porque ganhámos, mas claro que demora o seu tempo. Entrámos a meio, numa mudança até radical, porque já vinha uma estrutura diferente de há muito tempo. Mas o Sporting também já teve essa almofada e perdeu-a lá atrás.... temos de ser competentes e não vou ser hipócrita e dizer que é o mesmo estar a um ou a seis pontos, não é igual, mas sei que a dificuldade vai existir cada vez mais nos jogos, não só connosco. Estou muito feliz com a competência e, se formos competentes, seremos campeões. Também sentir a energia positiva dos adeptos e esse acreditar porque a equipa vai precisar disso em alguns momentos. É muito importante sentir isso e penso que a equipa também tem passado essa energia de dentro para fora. Com o tempo vamos lá, mas a equipa tem dado uma resposta brilhante”.
O que faltou para a equipa circular a bola mais rápido na primeira parte. Desgaste? Faz falta um extremo destro? “Isso é para ver se me apanha no mercado (risos). Mas sim, neste momento não temos grandes opções para a linha nesse sentido, porque o Edwards não tem sido opção e hoje tínhamos o Geny porque metemos o Trincão por fora, mas acima de tudo, mais do que o destro, claro que quero e precisamos de ter mais opções, para termos mais resposta e energia nos jogos, mais do que ser direito ou esquerdo... Circular a bola é hábitos, mais do que cansaço, que pode afetar - e hoje acredito que tenha afetado o Maxi [Araújo] na tomada de decisão, não ao nível físico, mas o circular a bola é muito o hábito. Os dois centrais construíam já quase no meio-campo e aí paramos a bola, era muito hábito antigo, com os três centrais fazerem as tais paredes em jogo central e não quero tirar isso, mas em alguns momentos o Nacional estava em bloco baixíssimo e, se não obrigarmos o Nacional a se mexer, vamos criar de vez em quando e criámos algumas situações, mas temos de os desgastar, se não, vão estar sempre confortáveis. Precisávamos de desgastar mais o Nacional para depois arranjar espaços, gerindo o nosso esforço com bola”.
Gyokeres ficar tanto tempo em campo foi arriscado? Pode jogar 90 minutos contra o Bolonha? “O Morten [Hjulmand] já vem com 90 minutos há seis jogos seguidos e já antes de mim fazia... o Viktor para fazer hoje 80 minutos teve ser gerido nos jogos atrás. Nós sabemos o que podemos fazer e os riscos que corremos. Se esteve 80 minutos, foi porque o jogo também não estava muito vertical e ele não foi exposto a grandes distâncias na sua velocidade máxima, por isso deu para gerir algum esforço, mas se esteve é porque o gerimos antes. Quarta-feira está disponível para o jogo, espero que não aconteça nada até lá”.