Declarações de Rui Borges após o Sporting-Gil Vicente (2-1), jogo da 32.ª jornada da I Liga
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Sobre o jogo: "Um jogo onde nos faltou alguma inspiração, de forma geral. O golo do Gil Vicente, na única aproximação que teve à nossa baliza, no lance do penálti, acabou por nos deixar algo tensos, algo intranquilos. Fomos, ao longo da primeira parte, criando pouca mobilidade, com decisões muito erradas, os mesmos passes, às vezes até as mesmas tomadas de decisão, sem necessidade nenhuma, a bola muito lenta. Notava-se que estávamos tensos, notava-se que nos faltava ali alguma inspiração também. Ao intervalo tentámos ajustar um ou outro comportamento, conseguimos, e é certo que o Gil jogou no último terço quase a segunda parte toda."
Pouco espaço: "Um jogo difícil, uma equipa a defender a baliza, onze jogadores atrás da linha da bola, pouco espaço. Tentámos, a bola andou mais rápido, depois das substituições também acabámos por tranquilizar mais o jogo, o Hjulmand também nos dá mais essa capacidade. Estávamos a conseguir encontrar linhas de passe mais longas, mais precisas, deu-nos isso também. Depois fomos tentando, era um jogo em que tínhamos de insistir, insistir, insistir.
Melhorámos um bocadinho nas reações à perda, face ao que tinha sido a primeira parte, e a parte tensa também se notava nisso — estávamos presos nas reações, não estávamos tão dinâmicos, tão intensos. Na segunda parte melhorámos, tivemos imensas recuperações de bola. Jogámos no meio-campo. Foi todo um acreditar neste grupo, que tem sido incrível."
Sem remates enquadrados até aos 78 minutos: "Há uma equipa do outro lado que jogou também em cima da área, defendendo contra os nossos jogadores. Isso justifica, é tão simples quanto isso. Não é possível fazer cinco golos todos os jogos. A equipa adversária, se tivesse esta atitude competitiva noutros jogos, de certeza absoluta que teria mais pontos no campeonato. Percebemos que tivemos poucos remates enquadrados com a baliza, mas vencemos, porque esse era o objetivo. Estivemos menos inspirados, é certo. São humanos, não vão estar sempre a 100% naquilo que é a tomada de decisão."