ENTREVISTA (Parte II) - Habituado a criar oportunidades de sucesso para os treinadores, António da Silva Campos vê no novo treinador, Carlos Carvalhal, um homem experiente e com provas dadas, sem medo de apostar nos jogadores jovens. Presidente do Rio Ave falou também de Rúben Semedo.
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O líder do Rio Ave explicou a razão por trás da contratação de Carlos Carvalhal, admitiu a possibilidade de perder Léo Jardim e que os lugares vagos de Galeno, Rúben Semedo e Gelson Dala ainda aguardam por solução.
Como antecipa a nova época, com o técnico Carlos Carvalhal?
-Penso que a contratação do Carlos Carvalhal surpreendeu quase toda a gente fora do clube. É um treinador experiente, que aposta em jovens e que tem provas dadas. Foi muito importante termos esta oportunidade e temos muitas expectativas para um campeonato que será muito exigente, sabendo que o plantel tem uma base grande e que, ao contrário do ano passado, não sairá muita gente. Se reforçarmos as posições de que necessitamos, podemos fazer uma excelente época. Se o Léo Jardim sair, temos de contratar um guarda-redes, e temos de substituir o Rúben Semedo, o Galeno e o Gelson Dala. O treinador será uma peça fundamental na escolha dos jogadores.
O Rúben Semedo foi uma aposta ganha, mas com algum risco. Concorda?
-Foi de risco, mas já estamos habituados. Tenho a certeza de que muita gente ficou surpreendida quando o contratámos, mas provou que é um excelente jogador e uma excelente pessoa. Cometeu um erro, assumiu-o e precisava de uma oportunidade, que surgiu no Rio Ave. Relançou a carreira. Ele agradeceu muito ao Rio Ave e tenho a certeza de que um dia voltará, se surgir essa possibilidade.
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O que pensa do G-15 e da luta pelos direitos televisivos?
-Em relação aos direitos televisivos, temos contratos assinados e são para cumprir, e nos próximos nove anos temos este patrocínio. Tudo isso tem de ser considerado quando se fala em alterações nos direitos televisivos e, para já, isso não será possível, mesmo que as coisas por vezes mudem rapidamente de um momento para o outro. Temos de ver os prazos dos contratos e as penalizações por incumprimento dos mesmos, sendo certo que este patrocínio nos dá muita estabilidade para os próximos anos. Concordo que antes de assinarmos os contratos deveríamos estar todos unidos, mas cada um pensou em si e fez o seu. A partir daí acabou a centralização dos direitos televisivos e não estou a ver, a curto prazo, que seja possível alterar, a não ser que alterem a lei. Temos mais nove anos de contrato e é complicado.
E a relação com a Liga e com o seu presidente ?
-O Rio Ave dá-se bem com toda a gente e temos tido uma relação muito boa com a Liga e com o seu presidente.
Léo Jardim: Mónaco lidera pelotão de emblemas interessados
O guarda-redes brasileiro Léo Jardim está ligado ao emblema vila-condense até junho de 2020, sendo presentemente o seu ativo mais cobiçado, com o Mónaco de Leonardo Jardim à cabeça. "Estamos a discutir uma série de pormenores sobre a sua saída, mas não quero ainda falar do clube envolvido na transferência. É o ativo mais cobiçado, mas temos mais um ou dois jogadores que podem sair se aparecer uma boa proposta. Temos de fazer uma ou duas vendas para manter o equilíbrio financeiro, porque o dinheiro dos direitos televisivos não chega para cobrir os orçamentos."
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