Treinador do Sporting entende que sem o capitão a equipa não tem a devida liderança no centro da defesa. Daí a prioridade em renovar
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A aposta sucessiva no mesmo trio de centrais mostrou como Rúben Amorim privilegia as rotinas entre Diomande-Coates-Gonçalo Inácio. Foi assim em oito jogos do campeonato, prova onde o Sporting aposta as maiores fichas. A recuperar de um desconforto muscular, Coates esteve ausente do onze inicial do jogo com a Atalanta, onde, na primeira parte, se notou a falta de voz de comando e mostrou debilidades da equipa em termos defensivos.
O treinador considera que o desenvolvimento de Diomande precisa da presença de um jogador experiente. Eventual saída futura de Inácio preocupa. Reis e St. Juste sem perfil para mandar nos colegas.
Rúben Amorim entende, nesta fase, que o eixo central está muito fragilizado quando Coates não está em campo, daí que tenha deixado clara a vontade de manter o capitão no plantel em 2024/25. Com a continuidade em Alvalade, o técnico não dispensa a presença do uruguaio, que termina contrato em 2024, mas que terá porta aberta para renovar. Amorim fala regularmente com o camisola 4, pedindo-lhe "assertividade", como reconheceu em conferência de Imprensa, e considera a sua ação imprescindível para impor respeito aos rivais e fazer crescer o potencial dos jovens que, com ele, partilham o tridente mais recuado.
Coates soma 335 jogos pelo Sporting. Está a sete de Polga, o estrangeiro mais utilizado.
Nos últimos 17 jogos na Liga, Diomande esteve em 16. Percentagem de 94,1%.
Em pouco mais de três anos, Inácio participou em 19 golos. Marcou 11, deu oito.
Contra a Atalanta, viram-se dificuldades em Diomande e ter um jogador experiente a seu lado é essencial para que o costa-marfinense seja mais cauteloso nas tomadas de decisão com bola e para que esteja mais livre para subir, com o devido resguardo do líder da defesa. Gonçalo Inácio, apesar de titular nos últimos dois anos e meio em Alvalade e com experiência a jogar em várias posições do eixo, tem 22 anos e margem para crescer na forma de liderar a defesa, dado o seu perfil recatado.
Gonçalo Inácio com muito mercado
Amorim sabe, no entanto, que o central internacional português é dos jogadores com mais mercado. O Newcastle, mas principalmente o Manchester United, estão entre os clubes interessados. A cláusula de 60 M€ é passível de ser batida e, acontecendo, é necessária uma solução a curto prazo, até porque, acredita o técnico, uma possível venda do camisola 25 em janeiro seria um rude golpe nas aspirações competitivas do Sporting.
O trio Diomande, Coates, Gonçalo Inácio tem sido imprescindível para Amorim. Foram titulares nos oito jogos do campeonato.
Os restantes centrais estão fora das contas para jogar ao meio e não são vistos com o perfil para liderar uma defesa. St. Juste já está apto e vai jogar com os bês para recuperar ritmo, após seis meses sem fazer um jogo oficial. Matheus Reis é abnegado e polivalente, por jogar a central e a lateral, mas não é a solução primordial do treinador. O temperamento aceso revela também um perfil bem diferente do cerebral Coates.
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Eduardo Quaresma não transmite confiança, João Muniz é opção futura para levar com calma e Neto, voz importante no balneário, apresenta mais limitações com a bola no pé e em termos de velocidade. Equacionando estes cenários, o Sporting está atento ao mercado por um central. Dier, do Tottenham, termina contrato em 2024 e foi colocado na rota leonina pelo "Sunday Times".
PERFIS DOS CENTRAIS
Coates e Gonçalo Inácio são dos mais sóbrios e reservados
Coates e Gonçalo Inácio têm personalidades parecidas. Dão incentivos e tentam dar indicações, mas sem serem impositivos. Nas viagens e balneário, são dos mais reservados.
Reis une o balneário com risos, St. Juste e Diomande alinham
Matheus Reis é dos maiores dinamizadores do ambiente em Alcochete. Promove encontros, faz grelhados e mete música. De perfil extrovertido também são St. Juste e Diomande. Por falarem, maioritariamente, inglês estão muito conectados.
Neto tem papel de treinador e corrige assertivamente
Neto não perde uma oportunidade para consolar ou corrigir os colegas. Interpreta os sentimentos e é um apoio do treinador em vários momentos.
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