O Sporting manteve o registo cem por cento vitorioso no campeonato, ao vencer por uns expressivos 3-0, em casa do Famalicão, num jogo em que o técnico destacou a mecânica da equipa
Corpo do artigo
Rúben Amorim gostou da exibição mas recusa a ideia de uma equipa imparável.
O treinador ficou satisfeito com a vitória da equipa, que não abalou com o nulo ao intervalo e já projetou o embate com o City
A equipa só marcou na segunda parte, mas já o podia ter feito antes...
-Tivemos qualidade na chegada, faltou-nos a última definição. Pequenos pormenores que temos de pensar mais friamente, mas estivemos bem. Após o nosso golo anulado perdemos algum controlo e isso criou-nos alguma dificuldade. Mas fomos muito competentes, dominadores e estivemos mais perto do golo. Na segunda parte, limitámos completamente o adversário. Fizemos um jogo completo, percebemos bem o espaço. Marcámos três, voltámos a não sofrer e fizemos um excelente jogo.
“Fizemos um jogo completo, percebemos bem o espaço. Marcámos três, voltámos a não sofrer”
A equipa não abanou com o 0-0 ao intervalo. Porquê?
-A fase boa. Quando vêm as fases mais difíceis, a bola não entra e torna-se mais difícil… A equipa não abana porque o Sporting sabe o que fazer. As coisas são mecânicas, eles não se perdem em pensamentos e a máquina está sempre a rodar. Quando conseguimos desbloquear com um golo, torna-se mais fácil. Sabemos que temos 90’ e sabemos muito bem o que fazer.
“A capacidade do Morita e do Bragança para jogar em espaços curtos era perfeita para este jogo”
Dupla Daniel Bragança com Morita e Hjulmand de fora?
-Eles entendem-no bem. O jogador moderno tem de perceber que com a quantidade de jogos que está a acontecer, não há jogadores titulares... há lesões, há problemas. Toda a gente tem de jogar. Íamos apanhar um bloco fechado. A capacidade do Morita e do Bragança para jogar em espaços curtos era perfeita para este jogo. A basculação tinha de ser mais rápida e eles estavam mais frescos. O Morten precisava de descansar…
O Sporting arranja sempre forma de chegar à baliza adversária. Como se trava?
-Não acho que seja nada impossível travarem-nos. Esperem até à outra terça-feira [jogo com o Manchester City na Liga dos Campeões] e vão ver a diferença de não conseguir travar uma equipa, eles fazerem coisas que nós tapamos de um lado e destapamos do outro. Vão ver um mundo completamente diferente. O Sporting não é imparável. Isto muda muito rapidamente e temos de não facilitar como fizemos. Estão de parabéns, mas são só nove jornadas.
“Quenda? É um miúdo muito talentoso, muito robusto fisicamente, muito concentrado. Teve a oportunidade e não deu hipótes de tirá-lo”
Quenda foi o mais jovem a marcar pelo Sporting…
-Já disse tudo o que tinha a dizer do Quenda. É um miúdo muito talentoso, muito robusto fisicamente, muito concentrado. Tem de melhorar na finalização. Ele teve a oportunidade e não deu hipótese de tirá-lo. É um grande jogador, mas temos de dar tempo.
O City será um bom teste?
-Sim, sem dúvida. A Supertaça ajudou-nos muito, o o City também irá ajudar, mas temos agora a Taça da Liga, tudo pode acontecer. Temos de fazer alguma rotação, depois o Estrela da Amadora e só depois a Champions. O campeonato é o mais importante.