Declarações de Carlos Fernandes, adjunto de Rúben Amorim, no dia em que o Sporting assinalou o 20.º aniversário da Academia.
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Aproveitamento da formação: "Rúben Amorim não tem preconceitos em relação à idade e somos uns privilegiados por podermos usufruir dos talentos da formação. Quando se percebe que têm qualidade para chegar à equipa principal, tentamos perceber se depois eles estão preparados para o momento seguintes."
Gestão de expectativas: "Todos têm essa ambição [de chegar à equipa principal], mas muitos não vão lá chegar e só alguns treinam connosco. Esta equipa técnica não faz parte da história da Academia, o que fizemos foi aproveitar jogadores que fazem parte da Academia. O Dário Essugo está neste momento a trabalhar connosco e já faz parte da academia há vários anos."
Comunicação entre treinadores: "Os elementos da equipa técnica falam regularmente com os treinadores da formação, tentamos que um elemento veja sempre os jogos da formação em casa. Depois é perceber a quem podemos dar oportunidades."
Integração: "Passa um pouco pelos mais velhos do plantel, a forma como tentam integrar os jovens. É importante que eles se sintam parte de algo, todos têm as mesmas oportunidades, depois têm de ter disposição para as agarrar."
A Academia prepara bem os jogos para a equipa principal: "Em termos técnicos e físicos, sim. Mas depois tem de haver um trabalho psicológico e de gestão de expectativas. Um jogador, por muita preparação que tenha, nunca está preparado para a pressão mediática e das redes sociais. A pressão de ganhar nos seniores é diferente. E não é fácil gerir as expectativas de cada um, é preciso uma conversa constante. O facto de estar a jogar na equipa principal, não quer dizer que na semana seguinte não esteja outra vez na equipa B, sub-23 ou sub-19. Tudo isso faz parte do planeamento e temos conversas com eles nesse sentido. Há decisões que temos de tomar que não são fáceis, há muita gente a competir por lugares na equipa. Só têm de perceber o momento. Hoje estamos em alta, amanhã podemos não estar."
Chamada de Dário Essugo: "Num treino dos sub-17, Rúben Amorim viu-o treinar e que disse tinha visto um miúdo rápido, mandão, agressivo e forte tecnicamente. Já o tinha visto Essugo treinar e jogar, mas estava longe de imaginar que o Rúben o ia chamar. Decidimos chamá-lo para um treino a seguir a um jogo, no qual a maioria dos jogadores estava a recuperar. Queremos mais jogadores com ele e que possamos usufruir dele nos próximos dez anos. São este tipo de jogadores que fazem com que o clube evolua."
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