Treinador do Sporting aconselha extremo na pressão e no posicionamento e vinca o seu papel decisivo para evitar contra-ataques.
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Francisco Trincão, sabe O JOGO, tem sido alvo de aconselhamentos defensivos por parte da equipa técnica do Sporting.
Técnico teve atuação idêntica com Sarabia no último ano. Instabilidade no eixo pelas lesões, a propensão ofensiva de Porro e a falta da passada larga de Palhinha fragilizam o corredor direito.
As lacunas do canhoto quando a equipa não tem a bola têm levado a que Rúben Amorim e seus adjuntos identifiquem comportamentos a evitar pelo extremo, reforçando-lhe a importância do pressing e do posicionamento. Estas indicações tiveram, sobretudo, repercussão positiva na Liga dos Campeões, já que o extremo foi sempre um apoio importante nas tarefas defensivas diante do Eintracht e do Tottenham.
Ainda assim, no campeonato a atuação sem bola não tem sido tão constante. Contra o Braga, faltou apoio a Porro em inúmeros lances e, diante do Chaves, Trincão foi batido na área por Steven Vitória no golo inaugural e, na arrancada do segundo golo dos transmontanos, o extremo pouco apertou, permitindo uma transição rápida. Contra o Boavista, o canhoto não estava na zona destinada antes dos axadrezados encontrarem forma de Gorré ganhar espaço na esquerda e Amorim revelou no final do encontro a insatisfação com o posicionamento e falta de intensidade coletiva para travar o contra-ataque.
Há três jogos que mereceram avaliação. Em Braga, a equipa técnica achou Porro desacompanhado. Com Chaves e Boavista, a correção foi no pressing
Segundo apurou O JOGO, os conselhos defensivos dados a Trincão são considerados de extrema importância, pois a equipa técnica sente o lado direito mais frágil, e têm paralelo com os que foram dados a Sarabia. A diferença é que o espanhol, mesmo tendo entrado menos agressivo e pressionante na equipa do que Trincão, posicionava-se de forma mais lesta no momento da perda. Para já, Porro, que se projeta muito no ataque, tem estado desprotegido. Ugarte, por sua vez, não tem a amplitude para dobrar os corredores como fazia Palhinha. E sem St. Juste no eixo, Gonçalo Inácio e Neto têm revelam dificuldades para jogar em antecipação ou controlar a profundidade.
Paulinho alterou a pressão à frente
Em 2021/22, o Sporting também sentiu dificuldades a ajustar a sua solidez defensiva com a entrada de Sarabia. O espanhol estava mais perto da baliza e era dotado de uma menor intensidade a defender do que a que Tiago Tomás entregava.
Ora, em 2022/23, há outra diferença importante. Paulinho só foi titular uma vez e esse é um dado relevante, porque o avançado corre imenso atrás da bola e ocupa todo o ataque a pressionar. Edwards teve de melhorar os seus registos e o seu posicionamento para se aproximar do camisola 20 dos leões.
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