Treinador quer perceber a resposta dos jogadores nos diferentes sistemas táticos utilizados pelos seus antecessores, sobretudo naqueles que mais se aproximam do 3x4x3 que pretende implementar.
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Contrariamente ao que esperava quando foi apresentado por Frederico Varandas como o novo treinador do Sporting, Rúben Amorim dispôs de poucos dias de trabalho com o plantel principal e teve de criar novas formas para aferir os pontos fortes e fracos do grupo verde e branco.
Segundo o que O JOGO apurou, o técnico contratado ao Braga recusou baixar os braços face a esta adversidade e tem aproveitado o período de isolamento motivado pela pandemia da covid-19 para observar, a pente fino, todos os jogos disputados pelo Sporting esta temporada.
Determinado, como o nosso jornal oportunamente noticiou, a continuar a aposta no 3x4x3 utilizado no Braga e colocado em ação no seu primeiro jogo em Alvalade, o treinador vai dedicar especial atenção aos duelos onde os seus antecessores utilizaram esquemas com três centrais. O primeiro jogo a merecer esse olhar cirúrgico será o da Supertaça, onde Neto, Coates e Mathieu, numa altura precoce da época, nada conseguiram fazer para evitar a goleada de 5-0 com o Benfica. Posteriormente, já com Silas no lugar de Marcel Keizer, o Sporting atuou com três centrais nos triunfos diante do LASK (2-1), Rosenborg (2-0) Belenenses (2-0), Portimonense (2-1) e na derrota diante do Braga (0-1), a contar para o campeonato. Já o 3x4x3 de Amorim foi testado no único jogo do técnico até ao momento: 2-0 ao Aves.
Este último encontro, com Rúben Amorim ainda no comando dos minhotos, até motivou, à época, elogios do agora treinador dos leões. "A mudança do sistema [de 4x4x2 losango para 3x4x1x2] foi bastante inteligente. O Sporting conseguiu colocar muita gente na construção e isso dificultou bastante a tarefa da minha equipa. No entanto conseguimos equilibrar e acabámos por ter a sorte no jogo", afirmou, numa referência às mudanças operadas por Silas em relação ao duelo entre ambas as equipas para a Taça da Liga, que tinha decorrido dias antes.
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O enquadramento tático representa o prato forte da análise de Amorim, mas a vertente técnica também terá algum peso, com o treinador, à falta de trabalho de campo, a aproveitar a oportunidade para começar a formular decisões no que concerne à construção do plantel para 2020/2021. Dentro deste campo estarão os jogadores a manter, mas também aqueles que o treinador estará disposto a deixar cair face à chegada dos reforços que pediu a Frederico Varandas.