Médio de 21 anos é um dos principais nomes do escalão sub-23 e trabalha com a equipa principal. Sente-se mais maduro e pronto para aproveitar uma nova oportunidade. O canhoto é um dos bons valores desta edição da Liga Revelação, registando seis golos em 19 jogos.
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A Liga Revelação é um viveiro de promessas para o futebol português e Rodrigo Gui, médio de 21 anos, não passa despercebido. Chegou a Mafra com apenas 12 anos e, desde aí, fez juras de amor ao "clube da terra e do coração". Com 19 anos, estreou-se pela equipa principal. "Este emblema significa muito para mim, pois foi onde me formei como jogador e como homem. É o clube da minha terra e serei um eterno apaixonado. É um enorme orgulho para mim defender as cores do Mafra", diz o jovem.
Apesar de o Mafra ocupar o último lugar da fase de apuramento para a Taça Revelação, Rodrigo Gui assume que o essencial é o desenvolvimento dos atletas e do grupo. "É o nosso ano de estreia nesta prova e só há pontos positivos a retirar. Apesar do plantel ser praticamente novo, tudo está a ser muito bem feito e temos alcançado os objetivos de formar jogadores. Contudo, ainda temos hipóteses de nos qualificarmos para a Taça Revelação e vamos perseguir esse apuramento. Temos qualidade e sabemos que, unidos, podemos fazer coisas bonitas", entende o médio que disputou 19 jogos, faturou por seis vezes e fez outras tantas assistências. "É a minha melhor época enquanto sénior. Tenho jogado bastante e os golos têm aparecido. Agora, quero manter o registo".
A promessa do clube saloio tem consciência do que vale, mas também do que ainda precisa fazer para continuar a crescer. Manter o foco é a estratégia de Rodrigo, que não se intimida na hora de assumir o grande objetivo pessoal. "Estou preparado para dar o salto. No passado, estreei-me pela equipa principal do Mafra [frente ao Estoril, na II Liga, na época 2020/21], porém, não aproveitei as oportunidades, não fui constante. Esta temporada, cresci e estou mais maduro, com vontade de segurar esse momento", diz. Na cabeça tem outros grandes sonhos. "No futuro, gostava de chegar à Liga Bwin e a um clube grande".
Pité é ídolo e colega de equipa
Esta é a época de estreia do Mafra e de Rodrigo Gui na Liga Revelação, competição que vê como um espaço salutar para os jogadores mais jovens. "A Liga Revelação só trouxe coisas positivas ao futebol português. Os mais jovens têm oportunidade de mostrar o talento e estão mais perto da equipa principal", defende o médio, apontando Bruno Fernandes e Pité como referências na posição que ocupa. "Identifico-me muito com ambos. O Bruno tem muita qualidade e, apesar de ter aquele feitio dentro de campo, é um líder nato. Tenho a sorte de partilhar o balneário com a minha outra referência, o Pité. Os meus colegas vão ficar chateados, mas ele é o jogador mais parecido comigo. Já o seguia antes, quando ele estava no Arouca e no Tondela, e já me fascinava. Somos da mesma posição e temos o mesmo estilo de jogo. É um craque", descreve.
O lisboeta dificilmente se vê a fazer outra coisa que não espalhar magia nos relvados, mas "se não fosse jogador de futebol, seria piloto de Fórmula 1". Fora do relvado, o jovem investe num plano B: é licenciado em Gestão do Desporto pela Universidade Europeia e está prestes a tirar o curso de treinador UEFA C.