Fransérgio acha que a eventual saída do capitão Ricardo Horta não será dramática numa equipa rica em opções de qualidade.
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A maior incógnita do Braga, chamada Ricardo Horta, será desmontada até ao fim deste mês. O Benfica não desiste do internacional português e, por isso, a saída deve ser encarada como um cenário tão possível como a continuidade.
Fransérgio, outra "lenda" recente dos minhotos que se mudou para o Bordéus precisamente há um ano, não vê motivos para dramatizar a eventual perda do capitão.
"Idolatramos demasiado os jogadores. O Paulinho, o Esgaio, o Raul Silva e eu próprio éramos essenciais e a equipa soube reinventar-se. O Alan era um ídolo no clube e, após ter terminado a carreira, apareceram outros, porque não falta qualidade no Braga. Se for bom para o clube e para o Ricardo Horta... Os jogadores são como os recordes: existem para serem batidos. Vão aparecer outros, como o Rodrigo Gomes, que fez aquele golaço ao Celta. O Braga tem meninos muito bons. O Rodrigo ou o Vitinha também podem ser ídolos como o Horta", estima.
Os dois jovens que impressionam Fransérgio serão opções na receção ao Sporting, e o médio brasileiro não esconde que torcerá pela "vitória" dos minhotos, como um "adepto", no arranque de mais um campeonato marcado por "muita pressão." "Nos últimos anos, a equipa alcançou o terceiro lugar, conquistou troféus e disputou finais. De certeza que o Braga voltará a brigar pela liga e tentará ir o mais longe possível na Europa", avalia, reconhecendo "enorme qualidade" nos técnicos Rúben Amorim e Artur Jorge (com quem trabalhou em 2019/20, no Braga), amanhã adversários ao serviço dos leões e bracarenses, respetivamente. "São muito diferentes e dei-me bem com ambos. O Amorim é muito tático; o Artur Jorge mete mais na raça na equipa. Ainda há dias vi um vídeo em que o Artur exige aplicação máxima aos jogadores. Acredito que a equipa vai ganhar muito com essa mentalidade. O Braga contrata sempre grandes jogadores, mas, por vezes, alguns relaxam. E o Artur não vai deixar que isso aconteça. A força de vontade e o empenho nunca podem faltar naquela equipa", reforça Fransérgio.
O novo sistema requer "paciência"
O futebol ofensivo do Braga, baseado no 4x4x2 implementado por Artur Jorge, poderá ser meio caminho andado para uma época em cheio. Fransérgio aprova a mudança, recomendando, porém, "alguma paciência." "O Braga estava muito habituado a jogar com uma linha de três defesas e agora tem de ganhar novas rotinas. Será uma questão de tempo. A equipa tem jogadores inteligentes e, por isso, eles vão assimilar facilmente a nova forma de jogar. O jogo com o Sporting ajudará a perceber o que ainda é necessário fazer", antecipa o brasileiro.