Rogério Matias e Beto entendem que a trajetória do capitão arsenalista já merecia uma entrada num dos três grandes ou uma saída para um campeonato de nível superior. Bisou frente ao Paços e o primeiro golo surgiu numa execução soberba de um livre.
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Cada vez mais perto de se tornar no maior goleador da história do Braga, estando a seis golos de igualar Mário, autor de 92 finalizações, Ricardo Horta espalha consensualidade na crítica.
Com o bis ao Paços de Ferreira, o capitão arsenalista soma 13 golos no campeonato e, a 12 jornadas do fim, já suplantou o rendimento da época 2019/20 (12 remates certeiros), que permanecia como a mais produtiva desde que chegou ao Minho.
No conjunto de todas as provas, Ricardo Horta leva 16 golos esta temporada, números que Rogério Matias, ex-jogador, considera "brutais" e suficientes para outras aventuras. "Há muito tempo que o Ricardo Horta se diferencia. De ano para ano está mais decisivo e tem tido uma trajetória notável. É uma figura do campeonato e há muito que merecia jogar num dos três grandes, da mesma forma que também já merecia ser chamado à Seleção Nacional. Tem valor para isso", analisa, uma opinião partilhada, em parte, por Beto, antigo guarda-redes do Braga. "A questão da Seleção Nacional é relativa. Não digo se é justo ser chamado ou não, mas o que vejo é que o Ricardo tem um percurso equilibrado, em ascensão, sendo um jogador com qualidade e que define bem. Esperava-se que já tivesse dado um salto na carreira. O Braga é um grande clube, que respeito, mas ele está preparado para jogar no estrangeiro. Em Portugal é difícil os grandes apostarem nos nossos talentos."
O primeiro golo de Ricardo Horta ao Paços de Ferreira, num livre direto, mereceu também comentários de Beto. "O lance não tem a ver com potência, mas sim com a forma como se aplica o pé na bola. O Cristiano Ronaldo ensinou muita gente..."