O bis do jovem avançado deixa os minhotos muito perto do final da prova, tendo em conta a importante vantagem alcançada no Restelo
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O extremo Ricardo deixou esta quarta-feira o V. Guimarães muito perto da final da Taça de Portugal, ao apontar os dois golos do triunfo sobre o Belenenses (2-0), na primeira mão das meias-finais da prova.
O bis do jovem avançado, com golos aos 29 e 76 minutos, deixa os minhotos com "pé e meio" na final da prova, tendo em conta a importante vantagem alcançada no Restelo, podendo, assim, regressar ao Jamor dois anos depois da derrota com o FC Porto.
A viver um dos períodos mais importantes da sua história e empolgado pelo iminente regresso ao escalão maior do futebol português, o Belenenses tinha esta noite não só um desafio às suas capacidades como também a possibilidade de "vingar" as três anteriores eliminações aos pés do Vitória.
Numa noite como há muito não se via para os lados do Restelo, com muito apoio proveniente das bancadas, os dois históricos nacionais proporcionaram uma primeira parte de grande intensidade, com bons desenhos técnicos, na sua maioria através da capacidade dos extremos em romper as defensivas.
Neste particular, tanto Fredy, do lado dos azuis, como Ricardo, nos vitorianos, assumiram papel de destaque, criando as principais jogadas ofensivas dos dois conjuntos, abanando a partida sempre que recebiam a bola e aceleravam rumo às áreas.
Logo nos instantes iniciais, o Vitória deixou clara a intenção de cortar as linhas aos jogadores do Belenenses, baixando o bloco e tentando sair rapidamente no contra-ataque, mas, a partir dos 10 minutos, a formação do Restelo começou a impor o seu jogo, aproveitando alguma liberdade de movimentos, perante a pouca pressão vimaranense.
Foi precisamente nesse período que os azuis criaram duas situações perigosas para baliza de Douglas, a primeira das quais por intermédio de João Meira, que obrigou o guardião brasileiro a afastar o perigo, após canto na esquerda.
De resto, a equipa comandada por Rui Vitória foi tendo algumas dificuldades para anular uma das principais armas dos lisboetas, sempre incisivos nas bolas paradas. Contudo, quando nada o fazia prever, Ricardo aproveitou o espaço concedido, entrou na área belenense e abriu o marcador.
Os homens de Van der Gaag sentiram o golpe e retraíram-se, certamente receosos de novo tento que desequilibrasse ainda mais a eliminatória, mas o Vitória também baixou o ritmo e grande parte da etapa complementar desenrolou-se no meio campo vitoriano.
Entretanto, o Belenenses foi construindo oportunidades mais do que suficientes para, no mínimo, igualar a partida, as mais flagrantes através de Diawara, que tantas vezes tem sido a arma secreta dos azuis, mas que esta noite revelou falta de pontaria.
Dessa forma, e obedecendo a uma das máximas do futebol, o V. Guimarães, que parecia adormecido no jogo, aumentou a vantagem, novamente por Ricardo, que se esquivou às marcações e cabeceou para o fundo da baliza de Filipe Mendes, repetindo o que havia sucedido no primeiro tempo.
O resultado deixa os minhotos com boas possibilidades de reservar um bilhete para o dia 26 de maio, enquanto o Belenenses aponta agora baterias à subida de divisão, que está à distância de três dias, caso bata o Penafiel, no sábado.