Dragões somam 99 golos e estão obrigados a atingir os três dígitos para eliminar o Inter na Champions.
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Não há volta a dar: para eliminar o Inter de Milão, o FC Porto está a obrigado a, no mínimo, atingir a centena de golos nesta temporada.
Devolver o 1-0 sofrido em Milão até pode chegar para seguir em frente, mas ir além da centena de golos é o caminho mais curto. Taremi deixou bons sinais desde aquela noite menos feliz em San Siro.
Com 99 acumulados até ao momento, os dragões precisam de marcar uma vez e não sofrer para anular a desvantagem (0-1) trazida da primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. No limite até pode ser suficiente, seria preciso levar a melhor nos penáltis, mas claro que a estratégia apontará a um triunfo por dois golos de diferença, que vale o apuramento aos dragões em qualquer circunstância - os golos marcados fora já não servem de desempate, recorde-se.
Ao dia de hoje, o FC Porto tem a média goleadora mais alta da era Conceição (2,35). Na análise ao mesmo período, esta pode ser a segunda chegada mais rápida aos 100 golos
Apesar de os altos e baixos no campeonato, sobretudo, e das várias lesões nos últimos tempos, o FC Porto está embalado no ataque, como habitual com Sérgio Conceição. O patamar dos três dígitos foi ultrapassado nas cinco temporadas anteriores, mas a média, ao dia de hoje, é a mais alta de todas: 2,35 golos por jogo, ligeiramente acima dos 2,28 de 2017/18. Essa época, a primeira de Sérgio no Dragão, também serve de referência para a rapidez na chegada aos 100 golos. Neste caso já não dá para bater o registo, os azuis e brancos vão em 42 partidas e bastaram 40 na altura, mas ainda pode ser a segunda melhor marca, noutro reflexo do caudal ofensivo que tem corrido nesta temporada. Entre o primeiro desafio oficial e o mais recente, frente ao Estoril, só por três vezes é que o FC Porto ficou em branco, no empate diante do Casa Pia e nos desaires (0-1) com Benfica e Inter, precisamente.
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Taremi dá sinais de retoma depois de Milão
Nesse desafio no Giuseppe Meazza, não foi por falta de boas oportunidades que os campeões nacionais não celebraram qualquer golo, numa noite em que Mehdi Taremi esteve bem em tudo menos na finalização. O avançado estava a viver uma fase desinspirada nesse capítulo, contava apenas dois golos nos dez jogos anteriores, mas a boa notícia são os sinais de retoma que deu entretanto. Nas três partidas que se seguiram, o iraniano marcou por duas vezes (Gil Vicente e Estoril) e assistiu outra (anteontem), mesmo tendo começado no banco nos dois últimos desafios. Com 2792 minutos, Taremi é o terceiro jogador mais utilizado do plantel, atrás de Pepê (3005) e Uribe (3076), e tem um raio de ação alargado. Não é difícil vê-lo no meio-campo ou até em auxílio à defesa na área contrária, mas é nele que assenta boa parte da esperança dos portistas em ferir o Inter. Se o fizer, junta mais um clube italiano à lista de vítimas, depois de Juventus e Lázio.
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