Requerida a repetição do jogo: FC Porto diz que foi o árbitro a decidir rever a decisão
O FC Porto já formalizou o protesto do jogo com o Arouca, que pretende ver repetido, e O JOGO teve acesso às argumentações usadas pelos dragões.
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O FC Porto considera que a decisão tomada pelo árbitro Miguel Nogueira [...] "violou as normais das Leis do Jogo que só admite a utilização de videoárbitros quando se encontrem cumpridos todos os requisitos do Programa de Aprovação e Assistência Implementares", e vai mais longe. Apoiando-se no protocolo, que diz que o "árbitro pode iniciar uma revisão quando o VAR (ou outro elemento da equipa de arbitragem) recomendar uma revisão, e não por iniciativa própria, os dragões levantam uma dúvida: "tendo o sistema de comunicações com o VAR que ligava a Cidade do Futebol ao Estádio do Dragão deixado de funcionar ao minuto 87' do jogo, logicamente então não foi por indicação ou recomendação do videoárbitro que o árbitro decidiu rever a marcação do penálti que assinalou ao minuto 89'".
Por isso, o FC Porto considera que "foi o próprio árbitro a decidir rever a decisão inicial que tomou, em violação do mencionado preceito das Leis do Jogo que proíbe a auto-revisão."
Além disso, os responsáveis portistas dizem que houve "uma violação do dever de uma 'on-field review' que sobre o árbitro impendia na situação em apreço e que ele próprio inicialmente se propôs a realizar". Mesmo admitindo que os regulamentos permitem duas formas de reversão das decisões iniciais - o recurso à revisão das imagens ou apenas na informação do VAR -, o FC Porto argumenta que "em casos de decisões subjetivas - como consideram ser o lance com Taremi - a forma apropriada de proceder à revisão é a "on-field review' pelo próprio árbitro" e que, por isso, "o árbitro não é livre de confiar apenas na palavra do Vídeo-árbitro".
Por tudo isto, o FC Porto termina a apelar ao Conselho de Justiça que se digne a "reconhecer e declarar que a decisão, tomada ao minuto 94' pelo árbitro, de dar sem efeito o penálti, enferma de erro na aplicação das Leis do Jogo" e requer "a anulação do jogo, ordenando-se a sua repetição".
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