Pedrinho e Waldschmidt não corresponderam às expectativas do técnico e entram na revolução para 2021/22.
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A época terminou no domingo, com a derrota na final da Taça de Portugal, ante o Braga, colocando um ponto final numa temporada que irá merecer avaliação cuidada por parte dos responsáveis encarnados, que têm previsto iniciar uma revolução no plantel. Ao ponto de, segundo O JOGO apurou, dois reforços contratados para esta campanha terem já em cima o carimbo de negociáveis, como é o caso de Pedrinho e Waldschmidt.
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Os dois dianteiros, cuja contratação obrigou ao assumir de um investimento de 33 milhões de euros (18 pelo brasileiro e mais 15 pelo alemão) terminaram a temporada com números diferentes, bem mais insignificantes os do ex-Corinthians, mas ambos sem corresponder às expectativas que o clube, mas também Jorge Jesus, neles depositavam. O internacional olímpico canarinho somou 1019 minutos e marcou um golo, o internacional A germânico fez 1997 e uma dezena de golos.
Numa altura em que os clubes atravessam graves problemas de liquidez, e no Benfica essa dificuldade também já é sentida, sobretudo depois de um investimento recorde superior a 100 milhões de euros em reforços, há avaliações indispensáveis e ativos que têm de ser colocados em cima da balança das vendas, como é o caso dos dois referidos dianteiros.
Nesta fase, e aos 23 anos, Pedrinho pode ver o seu futuro passar pelo regresso ao Brasil, seja envolvido num negócio de aquisição de outro jogador seja num empréstimo, tendo já chegado à SAD ecos do interesse dos maiores clubes brasileiros, que não têm condições para suportar uma compra pelo valor assumido pelo Benfica. Por seu lado, e até por ter sido chamado já esta época à principal seleção alemã, embora tenha ficado fora do Europeu, Waldschmidt tem mercado no seu país. Aos 25 anos, é ainda visto como uma promessa e na Luz acredita-se que até pode render mais do que custou a sua contratação ao Friburgo.
Jardel, Gabriel, Taarabt, Chiquinho e Cervi têm guia de marcha, como O JOGO já noticiou, e ainda há o caso de Pizzi em discussão. A ordem na SAD é fazer dinheiro para depois reforçar o plantel
Mas a revolução inclui mais nomes. Jardel, por terminar contrato, deixa o clube, mas na lista de vendas desejadas estão Gabriel, Taarabt, Chiquinho e Cervi, sendo que este deverá rumar ao Celta de Vigo. Também Pizzi pode ser apanhado nesta onda, embora esta saída não esteja ainda totalmente cimentada entre os responsáveis benfiquistas. Além do rendimento dos jogadores, a SAD pretende abater na massa salarial, mas, sobretudo, angariar fundos que permitam o ataque ao mercado para reformulação do novo plantel.
É esta análise e avaliação que está já a ser concluída em reuniões entre o presidente Luís Filipe Vieira, o vice-presidente Rui Costa e o treinador Jorge Jesus, que estão a definir em conjunto as necessidades e quais os cortes que as poderão sustentar, havendo a decisão de preencher as contas antes de suportar novos investimentos, não estando aqui incluídos alvos que poderão chegar a custo zero, como é exemplo a contratação de Rodrigo Pinho, avançado do Marítimo.